Mc 9, 37-42, 44, 46-47 – Valiosos ensinamentos – 

Bíblia Explicada em Capítulos e Versículos-

– O Amanhecer do Evangelho –

Reflexões e Ilustrações – Pe. Lucas de Paula Almeida, CM

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM -ANO BVALIOSOS ENSINAMENTOS30 DE SETEMBRO, DIA DA BÍBLIA

Em 30 de setembro comemoramos o Dia da Bíblia. Santo Agostinho afirma que Deus escreveu dois livros e o primeiro não é a Bíblia, mas a vida, os fatos, os acontecimentos. E por causa da nossa mania de querer dominar tudo, as letras desse livro se atrapalharam, a gente não consegue descobrir Deus dentro da vida. Então para nos ajudar a ler a vida, Deus escreveu mais um livro que é a Bíblia que não foi escrito para ocupar o lugar da vida, mas para nos ajudar a ler a vida, descobrir Deus na vida. Santo Agostinho nos diz, a leitura da Bíblia todos os dias é como um colírio que você coloca no olho. Colírio melhora a visão e, com esse novo olhar de contemplação, somos capazes de decifrar o mundo.

A Bíblia é o reflexo de uma vivência do Povo com o seu Deus e de Deus com o seu Povo. Deus está presente na história dos homens e por isso está presente na Bíblia. Através da sua Palavra, Deus anima e orienta o seu Povo, incitando-o a lutar e a viver sem nunca desanimar. Através de uma pedagogia admirável, Deus conduz o seu Povo apresentando-se como um Deus-Amor, como um Deus-Irmão. Realidade tornada visível e palpável quando Jesus Cristo, a Palavra viva, encarna e vive a mesma vida dos homens. Este pequeno artigo procura dar resposta a questões como: De onde vem a Bíblia? Quem a escreveu? Quando? Por que é um livro tão importante?SETEMBRO É O MÊS DA BÍBLIA E 30 DE SETEMBRO É O SEU DIA

Dia da Bíblia é comemorado anualmente em 30 de setembro, entre os cristãos católicos. A Bíblia é o livro sagrado para o cristianismo, assim como o Alcorão é para o Islamismo, o Mahabharata é para o Hinduísmo e etc. Esta data, excepcionalmente religiosa, consiste em estimular uma reflexão nos católicos para que possam estudar mais constantemente a “Palavra de Deus” presente na Bíblia. Para os cristãos católicos, a Bíblia é como um “guia” de ensinamentos que orientam o modo de vida a ser seguido pelos seus fiéis, além de apresentar crônicas, parábolas e previsões feitas por profetas sobre o Apocalipse. Acredita-se que o Dia da Bíblia é celebrado em 30 de setembro em homenagem a figura de São Jerônimo, Doutor da Igreja Católica e conhecido.São Jerônimo, o esforçado tradutor da Bíblia

O último dia de setembro marca o mês inteiro. Dia 30 lembra São Jerônimo, o esforçado tradutor da Bíblia. Em sua homenagem setembro leva a fama de ser o mês da Bíblia. No ano 382, Pe. Jerônimo foi chamado pelo papa Dâmaso para ser seu secretário particular.Já em Roma, recebeu a incumbência de traduzir a Bíblia, do grego e do hebraico para o latim. Neste trabalho, ele dedicou quase toda sua vida a estudar o aramaico e o grego, as línguas da Bíblia, para traduzi-la ao latim, a língua do povo em seu tempo. O conjunto final de sua tradução da Bíblia, em latim, se chamou “Vulgata” e se tornou oficial no Concílio de Trento. Desde 1947, já se celebra o Dia da Bíblia em 30/09, data de falecimento do santo. Para melhor captar o significado exato da linguagem bíblica, São Jerônimo foi viver na Palestina, estabelecendo residência perto de Belém, onde veio a falecer, depois de longa e benemérita vida, dedicada toda ela a serviço da Bíblia.

Faz poucos dias que recordamos São Mateus, um dos quatro evangelistas. A propósito dos quatro evangelhos, fomos nos dando conta do alcance especial que possui este fato singular, de termos quatro versões do mesmo Evangelho de Jesus, e termos mais de setenta livros que registram a interação de Deus na história da humanidade.Pois na verdade, se trata disto. A Bíblia é plural, consta de mais de setenta livros, cuja diversidade tenta expressar a multiforme presença de Deus na pluralidade de situações que compõem a trama da vida humana.Na Bíblia existe de tudo, desde guerras até poemas de amor. Tudo para dizer que qualquer situação humana nos coloca ao alcance da graça divina, cuja presença precisamos perceber. A Bíblia registra o esforço de Deus de se fazer entender, sua “condescendência” em vir ao encontro da humanidade.Traduzir a Bíblia, como fez São Jerônimo, não consiste só em colocá-la na linguagem de hoje. É, sobretudo, indicar a maneira atual como Deus continua nos falando, a partir de como ele já falou pelos livros que sua providência garantiu que ficassem por escrito, como testemunhas de sua disposição de nos comunicar seus mistérios de amor. Se nos damos conta de como ele falou, entenderemos como ele continua nos falando.

O AMANHECER DO EVANGELHO

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE

PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM -ANO BVALIOSOS ENSINAMENTOS

O primeiro ensinamento é quando João vem dizer ao Mestre que havia alguém expulsando demônios em seu nome, e que o queriam impedir, uma vez que não era do grupo dos discípulos. Mas Jesus disse que o deixassem agir em paz, pois, se estava invocando seu nome para fazer milagres, não iria falar mal dele. E sentenciou – valendo-se, ao que parece, de um provérbio: “Quem não está contra nós, está conosco” (Mc 9, 40). E a abertura para a verdade dos outros que Jesus nos quer ensinar. Não podemos pretender ter o monopólio da verdade. Mesmo em outras religiões se encontram parcelas, mais ou menos generosas, da verdade. Cabe a nós ter discernimento, para aprovar o que nelas estiver de acordo com o Evangelho, para reprovar o que for incompatível com o Evangelho, e ter muita compreensão para matizes diferentes da verdade que elas possam apresentar.
Logo em seguida, Jesus dá outro precioso ensinamento: “Quem for ocasião de pecado a um desses pequeninos que crêem em mim, seria melhor que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e o atirassem ao fundo do mar” (Mc 9,42).
Os pequeninos de que se fala aqui não são necessariamente as crianças, mas todo aquele que é pobre, humilde, desvalido, sobretudo ignorante e de boa – fé. Que pecado enorme induzir essas pessoas, com a palavra ou com o exemplo a praticar o mal! E o caso desses adultos que ensinam os “meninos de rua” a roubar. Desses malfeitores que encorajam o pobre a participar de furtos e de assaltos. E de todos os que se valem de sua consciência de adultos mal formada para desencaminhar os inexperientes para os mais variados tipos de fraude e de malversação dos dinheiros públicos, como vem acontecendo cada dia em escala mais ampla. A figura da mó de moinho atada ao pescoço é evidentemente uma hipérbole. Mas quer indicar de maneira chocante a gravidade do pecado do escândalo. É preciso sacudir as consciências, porque se vai perdendo no mundo, como lamentava Pio XII, o sentido do pecado. Está faltando o temor de Deus.
E segue-se o último ensinamento, a partir exatamente do tema do escândalo a que o Mestre acaba de se referir. Jesus quer sublinhar a gravidade do escândalo, isto é, de tudo aquilo que é tropeço no caminho do bem e que leva o homem ao pecado.
É uma série de afirmações muito sérias, de um colorido que se pode dizer trágico: “Se tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; é melhor, entrar na vida mutilado, do que, tendo ambas as mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível”.
E assim se corte o pé… e se arranque o olho se for ocasião de pecado, pois “melhor é entrar no Reino de Deus com um só olho, do que, tendo ambos os olhos, seres atirado à geena, onde o seu verme não morre e o fogo não se extingue” (Mc 9, 43… 48).

Sabemos como a “geena” (vale de Hinnón) era um vale que se estendia do noroeste até o sudoeste de Jerusalém. Era um lugar que tinha sido profanado pelos macabros rituais em que se sacrificavam crianças ao deus Moloc, e que fora transformado pelo piedoso rei Josias em lugar de despejo de todo o lixo da cidade, e onde se queimava permanentemente fogo, tornando o lugar para sempre execrável. Ficou sendo na literatura rabínica o símbolo do inferno, e Jesus assim o usa também.Como seria importante que essas palavras fortes ressoassem bem alto hoje, neste mundo onde se espalham sem conta as ocasiões de pecado, parecendo às vezes que há uma diabólica conjuração para difundir o mal e dificultar a prática do bem! O “inimicus homo” está aí semeando o joio por toda parte.LEITURAS para o XXVI Domingo do Tempo Comum – Ano B:

1ª – Nm 11, 25-29.

2ª – Tg5,1-6. 3ª –

Mc 9, 37-42, 44, 46-47.