Curso sobre a Missa –

Visão geral da Missa:

QUINTA-FEIRA DA SEMANA SANTA

Celebramos, hoje, a Instituição da Eucaristia que é o centro de toda a comunidade. E celebramos também a instituição do Sacerdócio. O sacerdote é uma das molas mestras de uma comunidade cristã. Vamos pensar um pouquinho sobre estes dois sacramentos nesta celebração desta Quinta Feira Santa. Cristo instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio dentro de um ambiente de amizade, de humildade e serviço.

1) CELEBRARMOS, HOJE, A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA QUE É O CENTRO DE TODA A COMUNIDADE

HISTÓRIA DOS TRÊS OPERÁRIOS

“Numa cidade estava sendo construída uma bela catedral feita de pedras. Os operários iam e vinham no meio da grande construção. Certo dia, chegou àquela cidade uma importante autoridade e foi ver a obra. O ilustre visitante entrevistou três operários que carregavam pedras. Aos três fez esta pergunta:

  • Amigo, o que está fazendo?

O primeiro respondeu-lhe

  • Estou carregando pedras.

O segundo disse:

  • Estou ganhando o meu pão de cada dia.

O terceiro falou:

  • Estou construindo uma catedral, onde muitas pessoas encontrarão a salvação. E, aqui, eu e minha família nos reuniremos para louvar a Deus.”
  1. MENSAGEM PARA A VIDA: DEUS QUER AMIGOS E NÃO ESCRAVOS

Estão vendo? Os três operários faziam o mesmo serviço, mas a maneira de cada um participar pode ser diferente. Depende da fé que as pessoas tem. Existe quem vai à Missa apenas para cumprir o preceito, como aquele operário que simplesmente carregava pedras. Existe também quem vai à Missa para fazer pedidos a Deus, como o operário que trabalhava tão somente para  ganhar seu salário. E existe a pessoa que participa da missa com fé e alegria, louvando e bendizendo a Deus, à semelhança do operário que trabalhava contente porque estava construindo a casa do Senhor.

Veja  bem como está sendo a “sua Missa”. Deus quer amigos e não escravos. O escravo obedece, o amigo ama e participa. Às vezes vamos fazendo muitas coisas sem saber por quê. Principalmente quando se trata da religião. Muitos confundem fé com superstição. Observe o que acontece em certos enterros.

Na hora em que se coloca o defunto na sepultura, muita gente joga um pouco de terra sobre o caixão. Esse gesto deve simbolizar uma obra de misericórdia (sepultar os mortos), mas a maioria nem sabe disso e o faz com um sentido supersticioso que nada tem a ver com a verdadeira fé.

Assim pode estar acontecendo na Missa. Alguém  entra na Igreja, olha, acompanha tudo, faz os mesmos gestos, mas sem saber o que está dizendo e o que está fazendo. Por isso aproveita muito pouco da Celebração.

A Celebração da Eucaristia é muito mais que uma oração. Precisamos conhecê-la para amá-la melhor. Ninguém ama o que não conhece.

O CORPO E A ALMA DA MISSA

A Missa possui duas grandes partes: A liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. Este esquema nos ajuda a ter uma visão geral da Santa Missa. Mas é importante lembrarmos que atos exteriores (gestos, palavras, sinais, objetos) são como o “Corpo” da Missa, enquanto a fé e o amor são a “alma” desse corpo.

Se alguém comunga sem crer na presença real de Jesus, recebe sim o Corpo do Senhor, mas não participa da Salvação contida no Sacramento. Por isso, muita gente vai à Igreja e dela sai do jeitinho que entrou, porque não faz seu “encontro pessoal” com a Graça de Deus. Fica apenas na exterioridade. Às vezes, até peca, porque vai para criticar as falhas humanas do rito: a falta de inspiração do padre, o canto desafinado e o comportamento dos irmãos. Nós vamos ver as três ideias fundamentais da Missa. Ela torna presente a Ceia do Senhor e o seu sacrifício redentor. Foi na 5ª feira Santa, véspera de sua Paixão e morte que Jesus Cristo instituiu o sacramento do seu Corpo e do seu Sangue: A Eucaristia.

O SEGUNDO ASPECTO IMPORTANTE DA MISSA

É QUE NÓS CELEBRAMOS A MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS

A ceia antecipa também a Paixão e Morte de Jesus Cristo, antecipa o Calvário.

Naquele momento, olhando para os apóstolos, Jesus pensou em cada um de nós.

Sim, Jesus sabia muito bem que no dia seguinte, sobre o Calvário, iria morrer pregado numa cruz. E o que seria de nós sem Jesus? Felizmente, Jesus não nos deixou sozinhos. Inventou uma maneira de continuar presente no meio de nós, mesmo depois de sua morte. A celebração de Cristo e a celebração da morte sangrenta no calvário.

O TERCEIRO ASPECTO IMPORTANTE DA MISSA

A terceira idéia fundamental  da Missa é a sua RESSURREIÇÃO: “Se Cristo não Ressuscitou, vã seria a nossa fé”. Quando Jesus celebrou a última ceia no Cenáculo, os apóstolos não sabiam que estava celebrando a 1ª Missa. A primeira Missa foi celebrada por Jesus Cristo na 5ª feira Santa, véspera da sua Paixão e Morte (Lc 22,19-20). O cordeiro imolado que estava sobre a mesa, na última ceia, representava o cordeiro de Deus que veio tirar o pecado do mundo: Jesus Cristo. No dia seguinte, ou seja, na 6ª feira Santa, o Cordeiro de Deus seria imolado no altar do Calvário. Por isso se diz que  A MISSA É A CELEBRAÇÃO DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO.

EM SÍNTESE SÃO ESSAS AS TRÊS COISAS FUNDAMENTAIS:

  1. A CEIA: “FAZEI ISSO EM MEMÓRIA DE MIM. JESUS COM SEUS DISCIPULOS EM REDOR DE UMA MESA PRONUNCIA AQUELAS PALAVRAS BONITAS: “TOMAI E COMEI ISSO É MEU CORPO. TOMAI E BEBEI, ISSO É O MEU SANGUE QUE SERÁ DERRAMADO POR TODOS! FAZEI ISSO EM MEMÓRIA DE MIM!
  2. A PAIXÃO E MORTE: “ Está tudo consumado. Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Depois da entrega dele no calvário.

 

  1. A SUA RESSURREIÇÃO. Em terceiro lugar é a celebração da Ressurreição. Toda a Eucaristia é a celebração da Ressurreição.

Não é só o Domingo de Páscoa, mas todo o Domingo é uma páscoa. Por isso todo Domingo é uma festa para o cristão. E essa festa só se centraliza na Eucaristia, de modo especial na missa. Então seria para a gente recordar, de modo geral, essas ideias fundamentais. A partir daí nós temos várias partes importantes. Eucaristia é essencialmente o encontro de Cristo. É uma celebração: Fazei isso em memória de mim. Então o cristão reúne para celebrar esse grande acontecimento. Recordar todos os dias, pelo menos todos os domingos a reunião da família de Deus. Veja que ideia rica da Missa.

2)  CELEBRAMOS TAMBÉM HOJE A INSTITUIÇÃO DO SACERDÓCIO

Além de celebrarmos, hoje, a Instituição da Eucaristia que é o centro de toda a comunidade, celebramos também a instituição do Sacerdócio. O sacerdote é uma das molas mestras de uma comunidade cristã.

A HISTORIA DE UM PADRE

No dia 18 de julho de 2019 faço 43 anos de padre. O meu serviço de padre até 2001 era na direção espiritual da S.S.V.P. de todo o Brasil, professor no Seminário São Vicente de Liturgia e Música.

Atualmente, como escritor, compositor, coordenador, via Internet, dos Roteiros Homileticos Diários (200 mil internautas recebem as nossas Mensagens do Evangelho Dominical).

Sou professor e coordenador dos cursos Bíblicos, de Teologia Popular, de liturgia e música, de Cristologia, de Marialogia, escritor para artigos em vários jornais, Produtor Musical.

Todas essas funções dão muito trabalho, fazem a gente sofrer muito, mas também dão muita alegria. Nas minhas orações sempre tenho mais que agradecer a Deus do que pedir. Começaria por agradecer a Deus contando um fato que aconteceu comigo a 30 anos atrás.

Era novembro de 1976, um mês chuvoso. Trabalhávamos nas missões Populares vicentinas na zona rural de Bambuí. Fazíamos um levantamento sócio-religioso das famílias, a fim de conhecê-las melhor e também sua realidade. Na terceira semana deste mesmo mês havíamos avisado a uma comunidade que iríamos fazer uma visita a cada família.

Apesar do tempo chuvoso fomos assim mesmo, enfrentando estradas perigosas sem asfalto, chuvas e cobras. Íamos à pé de casa em casa, pois não havia estradas. Foi, já, de tardezinha, quando me aproximei de uma das casas. Estava enlameado da cabeça aos pés.
Minha botina pesava muito. Antes de entrar numa daquelas casas, comecei a limpar os pés na grama. Aí, um menino veio correndo e disse:

_ “Não precisa limpar os pés, não, seu padre, pode vir assim mesmo!”

Ao me aproximar da soleira daquela casa, eu levei o maior susto. Toda a família estava ajoelhada. Espantado, perguntei porque estavam assim. E o pai de família respondeu:
_ “Senhor padre, receber a sua pessoa para nós é o mesmo que receber Jesus Cristo”.
Essas palavras me tocaram bem no fundo do meu coração. E até hoje sinto o seu peso. Senti naquele momento algo de sobrenatural, revolucionando todo o meu mundo interior. Percebi com clareza o nada da minha pequenez diante da grandeza infinita de Cristo que eu representava. Foi um desafio. Está sendo um desafio. Até hoje e para sempre aquele gesto de uma família ajoelhada diante de um ministro de Deus, continua exigindo de mim um comportamento tanto quanto possível semelhante ao de Cristo a quem eu represento e quero segui-lo. É de Santa Catarina de Sena esta Frase: “Se um dia eu encontrar no caminho um Sacerdote e um anjo, primeiro saudarei o sacerdote, depois o anjo”, por que o sacerdote representa Jesus Cristo.

  1. O QUE É O SACERDOTE

O sacerdote é um homem como os outros, mas revestido de um poder divino para o exercício de algo sobrenatural. São Paulo mesmo diz que o padre é um homem tirado do meio do povo para servir o povo nas coisas que se referem a Deus. E Deus escolhe alguém da comunidade por causa da comunidade.

Aquele que é chamado ao sacerdócio deve viver a serviço da comunidade

para que ela cresça na fé e na caridade como Deus quer. Se a comunidade pode hoje ouvir a palavra de Deus, é porque alguém a transmitiu para nós. Não adiantaria nada Deus nos falar, se não houvesse quem escutasse. E ninguém escutaria a palavra de Deus, senão houvesse quem a transmitisse.

O padre se prepara a vida inteira, estudando a Bíblia e tudo o que se refere a Deus para poder ser no meio da comunidade, um sinal vivo da presença de Deus. Com Jesus Cristo a grandeza do sacerdote atingiu o seu ponto máximo. Os demais sacerdotes do NT são representantes e participantes desse Sacerdócio Único e Eterno de Jesus, pois foi de Cristo que recebeu o poder sacerdotal, através dos apóstolos, que têm nos bispos os seus legítimos sucessores. O sinal deste poder é a imposição das mãos que constitui a matéria do sacramento da ordem. Ele é a pessoa constituída para presidir o culto, interceder pela comunidade no que diz respeito à salvação. As três grandes missões do padre são: Pregar a Palavra, Celebrar os sacramentos, especialmente a Eucaristia e Governar o povo de Deus, no lugar de Jesus Cristo.

4) ESTES DOIS SACRAMENTOS: “INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA E DO SACERDÓCIO” ESTÃO PROFUNDAMENTE LIGADOS UM AO OUTRO.

São dois sacramentos profundamente ligados um ao outro. Compete ao sacerdote ministrar a Eucaristia. É tal essa ligação que sem o sacerdócio, não existiria a Eucaristia. E é por causa disso que a instituição destes dois sacramentos é feita na mesma hora. Acabando Cristo de celebrar a Eucaristia com seus Apóstolos, deu a eles o poder de fazer a mesma coisa: “Fazei isto em memória de mim”. Neste poder de celebrar a Eucaristia dado aos Apóstolos, estava também concedido o poder sacerdotal.

5) EUCARISTIA E SACERDÓCIO SÃO SACRAMENTOS DE DOAÇÃO.

Jesus se dá aos homens, na cruz, até a última gota de seu sangue, para a Salvação da humanidade. Mas não se dá apenas uma vez. Ele continua se doando constantemente, na Eucaristia. Foi para isso que quis instituir este Sacramento de amor. Foi o próprio São Paulo que disse na 2ª Leitura de hoje. “Todas as vezes que comerem deste pão e beberem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor.” E a própria palavra “Sacerdócio” dá à gente a ideia de serviço e de doação. Sacerdote é aquele que está a serviço da comunidade. É o verdadeiro sentido de qualquer autoridade na Igreja, hoje. É aquele que serve ao povo sem esperar muita recompensa. Não é a toa que, antes de instituir a Eucaristia e o Sacerdócio, Jesus quis lavar os pés de seus Apóstolos. É para servir de modelo para aqueles que ele vai fazer seus sacerdotes. “Vocês me chamam de Mestre e Senhor. E eu sou. Se eu, que sou Mestre e Senhor, lavei os pés de vocês, vocês também hão de lavar os pés uns dos outros ” Cristo é Sacerdote e Vítima ao mesmo tempo. Como Vítima é sacrificada na cruz. Como sacerdote Ele se oferece por todos nós. Não só na cruz. Mas também na Eucaristia. E nos gestos mais simples, como no fato do lava pés dos seus Apóstolos.

6) EUCARISTIA É O ALIMENTO DA COMUNIDADE

Bem antes de instituir a Eucaristia, Jesus já havia prometido a mesma coisa aos seus discípulos no chamado sermão do Pão da vida. Neste Sermão Jesus Ele comparou o Pão da Eucaristia com o maná no deserto. Como o maná sustentou o povo de Deus  quando atravessava o deserto, assim o novo pão vai alimentar a Igreja que também caminha pelas estradas deste mundo até chegar à casa do Pai. “Os seus pais comeram o mana no deserto e morreram. Eu sou o pão da vida. Se alguém comer deste pão vai viver eternamente. E o pão que eu hei de dar, é a minha carne para a vida do mundo.”(Cf. Jo 6, 48-50) Esta comparação com o mana, lembra a gente que o povo de Deus é uma caravana em marcha, no deserto desta vida. E quem marcha nestas condições não se esquece dos seus companheiros. Sente-se solidário com eles. Sabe que cada um é responsável pela vida do outro. Cada um é responsável pelo bem comum. Cada um traz consigo as sortes da comunidade. Do mesmo modo que meus desvios, as minhas falhas, prejudicam os outros. Como também as minhas atitudes resultarão em benefício de toda a comunidade.

Não podemos nos esquecer. Ela é o alimento da comunidade. E que não chegaremos ao fim sozinho. Não há salvação individualista. Nós chegaremos ao fim é carregando os fardos uns dos outros.

7) JESUS CELEBRA A PÁSCOA COM OS SEUS APÓSTOLOS

A refeição é um momento de união na família, entre amigos e, muitas vezes, é uma hora de fazer novos amigos e fazer a amizade ficar mais firme. Havia, entre Jesus e os apóstolos, uma amizade muito grande. Jesus confiava nos Apóstolos. Os Apóstolos tinham muita fé em Jesus. Jesus encarregou Pedro e João para prepararem o que era necessário para a PÁSCOA. Jesus já havia celebrado a Páscoa com os Apóstolos, em outros anos. Mas esta Páscoa que São Lucas nos conta no capítulo 22 do seu Evangelho, foi uma PÁSCOA diferente. Nesta Páscoa, Jesus iria dar para nós a eucaristia, que é o seu CORPO e o SEU SANGUE, para a SALVAÇÃO do MUNDO.

Em nossas famílias  a refeição é uma hora de união e alegria? Por quê? A nossa comunidade se prepara para a Eucaristia? Por quê? Como?

7) JESUS REALIZA O GRANDE MILAGRE E A GRANDE PROMESSA

 

 

Chegou a hora da festa esperada. Cristo reuniu-se com os Apóstolos, na sala que Pedro e João prepararam. E Jesus então disse para os Apóstolos: “Tenho desejado demais comer com vocês esta PÁSCOA, antes de sofrer”.

Jesus transforma o  pão em seu CORPO, e o VINHO em seu SANGUE e os dá para os Apóstolos comerem e beberem. E disse para eles: façam isto em memória de mim.    “Este cálice é a NOVA ALIANÇA em meu sangue, que é derramado po vocês…” Com estes gestos e palavras, Jesus institui o Sacramento da Eucaristia.

No Antigo Testamento, Deus mostra que Ele quer ficar unido com o povo. Com Jesus, o SALVADOR, Deus mostra, de um jeito mais claro e mais importante, o seu compromisso de amizade com a gente. É a NOVA ALIANÇA.

Com a NOVA  ALIANÇA que Jesus fez com a humanidade, a gente tem mais condição, mais orientação para viver a FRATERNIDADE, que é o plano de Deus. Jesus dá a sua vida por nós, porque nos ama.

– Na nossa comunidade, o povo participa e comunga na missa? Por quê? Quem é egoísta está aceitando a NOVA ALIANÇA com Deus? Por quê?

Em resumo: A EUCARISTIA  é a celebração da união entre nós e da nossa união em Jesus.

João 13, 1-15 – A VISITA DE JESUS A NAZARÉ E A APRESENTAÇÃO DO SEU PROGRAMA AO POVO NA SINAGOGA – VÍDEO PADRE LUCAS

1) Oração

Ó Deus, que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz, para arrancar-nos à escravidão do pecado, concedei aos vossos servos a graça da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (João 13, 1-15)

Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim. Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O Diabo já havia posto na cabeça de Judas, filho de Simão Iscariotes, a idéia de trair Jesus. Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder. E sabia também que tinha vindo de Deus e ia para Deus.

Então se levantou, tirou a sua capa, pegou uma toalha e amarrou na cintura. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha.

Quando chegou perto de Simão Pedro, este lhe perguntou: – Vai lavar os meus pés, Senhor? Jesus respondeu: – Agora você não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender! – O senhor nunca lavará os meus pés! – disse Pedro.- Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! – respondeu Jesus. – Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! – pediu Simão Pedro. Aí Jesus disse: – Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos menos um. Jesus sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: “Todos menos um.” Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou: – Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de “Mestre” e de “Senhor” e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz.

Palavra da salvação.

3) Reflexão

Jesus se apresenta como servidor do povo. Lavando os pés das pessoas deu-lhes a extrema prova do seu amor. Veio para servir e não para ser servido (João 13,1-17). É necessário abrir os olhos para ver Jesus…

* O povo repete até hoje: “Quem não vive para servir, não serve para viver!” Este era também o lema de Jesus. Ele dizia: “Não vim para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45). Quando os discípulos brigavam pelo primeiro lugar ou quando alguns deles queriam ser mais importantes que os outros, ele chamava a atenção e dizia: “Quem quiser ser o primeiro deve ser o servidor de todos” (Mc 9,35). Não é fácil servir! Judas ia trair Jesus. Mesmo assim, Jesus lavou os pés de Judas. Ele mesmo, quando o povo queria fazer dele um rei, fugiu para a montanha e não quis saber (Jo 6,14). Foi o que São Paulo lembrou quando dizia que Jesus podia gloriar-se do seu título de filho de Deus, mas em vez disso se fez servidor de todos (Fil 2,6-7). Nós temos a festa de Cristo Rei, mas não temos a festa de Cristo servidor. É pena! Vamos refletir sobre isto:

  1. Por que é tão difícil servir aos outros? Conta algo da sua experiência.
  2. Temos uma festa de Cristo Rei e não temos uma festa de Jesus Servidor. Como entender isso?
    * No tempo de Jesus, as autoridades religiosas ensinavam ao povo que o Messias devia ser glorioso e vencedor. Elas não se lembravam da profecia de Isaías que falava de um Messias Servidor (Is 42,1-9). Vamos ouvir um texto em que Jesus se apresenta não como glorioso vencedor mas como o servidor de todos. Durante a leitura, vamos ficar com esta pergunta na cabeça: “Em que consiste exatamente o serviço que Jesus quer prestar ao povo?”* Subsídio: Jesus, o Servo de Javé.
    * Naquele tempo, havia entre os judeus uma grande variedade de expectativas messiânicas. De acordo com as diferentes interpretações das profecias, havia gente que esperava um Messias Rei (Mc 15,9.32), um Messias Santo ou Sumo Sacerdote (Mc 1,24), um Messias Guerrilheiro subversivo (Lc 23,5; Mc 15,6; 13,6-8), um Messias Doutor (Jo 4,25; Mc 1,22.27), um Messias Juiz (Lc 3,5-9; Mc 1,8) ou um Messias Profeta (Mc 6,4; 14,65).

Cada um, conforme os seus próprios interesses ou classe social, encaixava o messias nos seus próprios desejos e expectativas. Mas por mais diferentes que fossem aquelas expectativas, todas elas concordavam numa coisa: o messias seria forte, glorioso e vencedor.

* Ao que tudo indica, ninguém se lembrava do Messias Servidor tal como tinha sido anunciado pelo profeta Isaías. Somente os pobres souberam valorizar a esperança messiânica como um serviço do povo de Deus à humanidade. Maria, a pobre de Javé, disse ao anjo: “Eis aqui a serva do Senhor!” Foi de Maria, sua mãe, que Jesus aprendeu o caminho do serviço. Nas três vezes em que ele anunciou sua paixão, morte e ressurreição, Jesus se orientou pela profecia do Servo de Javé, tal como transparece nos quatro cânticos do livro de Isaías, e a aplicou a si mesmo (Mc 8,31; 9,31; 10,33).

* A origem daqueles quatro cânticos do Servo de Javé (Is 42,1-9; 49,1-6; 50,4-9; 52,13 a 53,12) remonta ao grupo dos discípulos e discípulas de Isaías que viviam no cativeiro da Babilônia em torno de 550 antes de Cristo. No livro de Isaías, a figura do Servo de Javé indica não um indivíduo, mas sim o povo do cativeiro (Is 41,8-9; 42,18-20; 43,10; 44,1-2; 44,21; 45,4; 48,20; 54,17), descrito pelo profeta como um povo “oprimido, sofredor, desfigurado, sem aparência de gente e sem um mínimo de condição humana, povo explorado, maltratado e silenciado, sem graça nem beleza, cheio de sofrimento, evitado pelos outros como se fosse um leproso, condenado como um criminoso, sem julgamento nem defesa” (cf. Is 53,2-8). Retrato perfeito de uma grande parte da humanidade, até hoje!

* Deste povo-servo se dizia: “Ele não grita, nem levanta a voz, não solta berros pelas ruas, não quebra a planta machucada, nem apaga o pavio de vela que ainda solta fumaça” (Is 42,2). Ou seja, perseguido, não perseguia; oprimido, não oprimia; machucado, não machucava. Nele o vírus da violência opressora do império da Babilônia não conseguiu penetrar. Pelo contrário, ele promovia o direito e a justiça (Is 42,3.6). Esta atitude resistente do povo-servo é a semente da justiça que Deus quer ver implantada no mundo todo. Por isso, Deus chama esse povo para ser o seu Servo com a missão de irradiar a justiça de Deus e ser a “Luz do Mundo”(Is42,2.6;49,6).

* Os quatro cânticos do Servo são uma espécie de cartilha para ajudar o povo oprimido, tanto de ontem como de hoje, a descobrir e assumir sua missão. Jesus conhecia estes cânticos e por eles se orientou. O primeiro cântico (Is 42,1-9) descreve como Deus chama o povo a ser o seu Servo e realizar a justiça no mundo inteiro. O segundo cântico (Is 49,1-6) descreve como foi difícil para aquele povo exilado e marginalizado acreditar na sua vocação de Servo. No terceiro cântico (Is 50,4-9), o Servo conta como ele, apesar do sofrimento, está realizando a sua missão. O quarto cântico (Is 52,13 a 53,12) descreve o futuro deste Servo: fiel a sua missão, ele vai entregar sua vida pelos outros e Deus vai confirmá-lo como seu servo. Morte e ressurreição!

* Jesus percorreu o caminho dos quatro passos do serviço, indicados por Isaías. Na hora do batismo no rio Jordão, o Pai o apresentou como o seu servo e o enviou para a missão (Mc 1,11). Na sinagoga de Nazaré, ao expor seu programa ao povo da sua terra, Jesus assumiu esta missão publicamente (Lc 4,16-21).

A partir daquele momento, ele começou a andar pela Galiléia para ajudar o povo a descobrir e assumir, junto com ele, a missão de Servo de Deus. No fim da sua vida, durante a última ceia, Jesus lavou os pés dos seus discípulos. Até o fim, perseverou na atitude de Servo de Deus. Eis alguns episódios em que transparece mais forte esta atitude de serviço em Jesus:

* Lava-pés
* Cura dos doentes
* Alimenta o povo faminto
* Conversa com o povo e consola os tristes
* Acolhe os excluídos e dá um lugar para eles
* Ensina o povo as coisas do Reino de Deus
* Defende os pequenos quando são criticados
* Faz o povo participar

* Através desta sua atitude de serviço, Jesus nos revela a face de Deus que nos atrai e nos indica o caminho de volta para a casa do Pai. A sua vida é o melhor comentário dos quatro cânticos de Isaías.

4) Para um confronto pessoal

1. O que mais chamou a sua atenção no texto ou de que você mais gostou? Por quê?
2. Conforme as palavras do texto, em que consiste exatamente o serviço que Jesus quer prestar ao povo?

3. Como entender a reação de Pedro e a resposta dura de Jesus?
4. O que deve mudar no meu modo de pensar sobre Jesus?

5) Oração final

Quero louvar com um cântico o nome de Deus e exaltá-lo com ações de graças; “Vede, humildes e alegrai-vos! Vós que buscais a Deus, vosso coração reviva! Pois o SENHOR atende os pobres, não despreza os seus cativos. (Sl 68, 31.33-34)

 

O que Cenáculo?

O que é a Missa?

O que é o Sacerdócio?

Os três aspectos da Missa.
– A Bíblia explicada em Capítulos e versículos-

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O que Cenáculo?

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Lucas 4,16-30 – A visita de Jesus a Nazaré e a apresentação do seu programa ao povo na sinagoga-

Lucas 4,16-30 – A visita de Jesus a Nazaré e a apresentação do seu programa ao povo na sinagoga-


A Bíblia explicada em Capítulo e versículo

O Amanhecer do Evangelho

Reflexões e ilustraçoes de Pe. Lucas de Paula Almeida, CM

1) Oração

Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Lucas 4,16-30)

Naquele tempo, 16Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. 17Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61,1s.): 18O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, 19para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor. 20E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir. 22Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José? 23Então lhes disse: Sem dúvida me citareis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; todas as maravilhas que fizeste em Cafarnaum, segundo ouvimos dizer, faze-o também aqui na tua pátria. 24E acrescentou: Em verdade vos digo: nenhum profeta é bem aceito na sua pátria. 25Em verdade vos digo: muitas viúvas havia em Israel, no tempo de Elias, quando se fechou o céu por três anos e meio e houve grande fome por toda a terra; 26mas a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. 27Igualmente havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu; mas nenhum deles foi limpo, senão o sírio Naamã. 28A estas palavras, encheram-se todos de cólera na sinagoga. 29Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade; e conduziram-no até o alto do monte sobre o qual estava construída a sua cidade, e queriam precipitá-lo dali abaixo. 30Ele, porém, passou por entre eles e retirou-se. – Palavra da salvação.3) Reflexão Lucas 4,16-30

* Hoje,  começamos a meditação do Evangelho de Lucas que se prolongará por três meses até o fim do ano eclesiástico, sábado 29 de Novembro. O evangelho de hoje traz a visita de Jesus a Nazaré e a apresentação do seu programa ao povo na sinagoga. Num primeiro momento, o povo ficou admirado. Mas, em seguida, quando perceberam que Jesus queria acolher a todos, sem excluir ninguém, ficaram revoltados e quiseram matá-lo.* Lucas 4,16-19: A proposta de Jesus.

Animado pelo Espírito Santo, Jesus tinha voltado para a Galiléia (Lc 4,14) e começou a anunciar a Boa Nova do Reino de Deus. Andando pelas comunidades e ensinando nas sinagogas, ele chegou em Nazaré, onde tinha sido criado. Estava de volta na comunidade, onde, desde pequeno, tinha participado durante quase trinta anos. No sábado seguinte, conforme o seu costume, Jesus foi à sinagoga para participar da celebração e levantou-se para fazer a leitura. Escolheu o texto de Isaías que falava dos pobres, presos, cegos e oprimidos (Is 61,1-2). Este texto refletia a situação do povo da Galiléia do tempo de Jesus. A experiência que Jesus tinha de Deus como Pai amoroso dava a ele um novo olhar para avaliar a realidade. Em nome de Deus, Jesus toma posição em defesa da vida do seu povo e, com as palavras de Isaías, define a sua missão: (1) anunciar a Boa Nova aos pobres, (2) proclamar a libertação aos presos, (3) a recuperação da vista aos cegos, (4) restituir a liberdade aos oprimidos e, retomando a antiga tradição dos profetas, (5) proclama “um ano de graça da parte do Senhor”. Proclama o ano do jubileu!* Na Bíblia, o “Ano Jubileu” era uma lei importante. Inicialmente, a cada sete anos (Dt 15,1; Lev 25,3), as terras deviam voltar ao clã de origem. Cada um devia poder voltar à sua propriedade. Assim impediam a formação de latifúndio e garantiam às famílias a sobrevivência. Também deviam perdoar as dívidas e resgatar as pessoas escravizadas (Dt 15,1-18). Não foi fácil realizar o ano jubileu cada sete anos (cf Jr 34,8-16). Depois do exílio, decidiram realiza-lo cada sete vezes sete anos (Lev 25,8-12), isto é, cada cinqüenta anos. O objetivo do Ano Jubileu era e continua sendo: restabelecer os direitos dos pobres, acolher os excluídos e reintegrá-los na convivência. O jubileu era um instrumento legal para voltar ao sentido original da Lei de Deus. Era uma oportunidade oferecida por Deus para fazer uma revisão da caminhada, descobrir e corrigir os erros e recomeçar tudo de novo. Jesus inicia a sua pregação proclamando um jubileu, um “Ano de Graça da parte do Senhor”.* Lucas 4,20-22: Ligar Bíblia com Vida.

Terminada a leitura, Jesus atualiza o texto de Isaías dizendo: “Hoje se cumpriu esta escritura nos ouvidos de vocês!” Assumindo as palavras de Isaías como suas próprias palavras, Jesus lhes dá o seu pleno e definitivo sentido e se declara messias que veio realizar a profecia. Esta maneira de atualizar o texto provocou uma reação de descrédito por parte dos que estavam na sinagoga. Ficaram escandalizados e já não queriam saber dele. Não aceitaram Jesus como o messias anunciado por Isaías. Diziam: “Não é este o filho de José?” Ficaram escandalizados porque Jesus falou em acolher os pobres, os cegos e os oprimidos. O povo de Nazaré não aceitou a proposta de Jesus. E assim, no momento em que apresentou o seu projeto de acolher os excluídos, ele mesmo foi excluído.* Lucas 4,23-30: Ultrapassar os limites da raça.

Para ajudar a comunidade a superar o escândalo e levá-la a compreender que sua proposta estava bem dentro da tradição, Jesus contou duas histórias conhecidas da Bíblia, uma de Elias e outra de Eliseu. As duas histórias criticavam o fechamento do povo de Nazaré. Elias foi enviado para a viúva estrangeira de Sarepta (1 Rs 17,7-16). Eliseu foi enviado para atender ao estrangeiro da Síria (2 Rs 5,14). Transparece aqui a preocupação de Lucas em mostrar que a abertura para os pagãos já vinha desde Jesus. Jesus teve as mesmas dificuldades que as comunidades estavam tendo no tempo de Lucas. Mas o apelo de Jesus não adiantou. Ao contrário! As histórias de Elias e Eliseu provocaram mais raiva ainda. A comunidade de Nazaré chegou ao ponto de querer matar Jesus. Mas ele manteve a calma. A raiva dos outros não conseguiu desviá-lo do seu caminho. Lucas mostra assim como é difícil superar a mentalidade do privilégio e do fechamento.

* É importante notar os detalhes no uso do Antigo Testamento. Jesus cita o texto de Isaías até onde diz: “proclamar um ano de graça da parte do Senhor”. Cortou o resto da frase que dizia: “e um dia de vingança do nosso Deus”. O povo de Nazaré ficou bravo com Jesus por ele pretender ser o messias, por querer acolher os excluídos e por ter omitido a frase sobre a vingança. Eles queriam que o Dia de Javé fosse um dia de vingança contra os opressores do povo. Neste caso, a vinda do Reino seria apenas uma virada da mesa e não uma mudança ou conversão do sistema. Jesus não aceita este modo de pensar, não aceita a vingança (cf.Mt 5,44-48). A sua nova experiência de Deus como Pai/Mãe ajudava-o a entender melhor o sentido das profecias.4) Para um confronto pessoal

1) O programa de Jesus consiste em acolher os excluídos. Será que nós acolhemos a todos, ou excluímos alguém? Quais os motivos que nos levam a excluir certas pessoas?2) Será que o programa de Jesus está sendo realmente o nosso programa, o meu programa? Quais os excluídos que deveríamos acolher melhor na nossa comunidade? O que ou quem nos dá força para realizar a missão que Jesus nos deu?5) Oração final

Ah, quanto amo, Senhor, a vossa lei! Durante o dia todo eu a medito. Mais sábio que meus inimigos me fizeram os vossos mandamentos, pois eles me acompanham sempre (Sal 118, 1-2)

A visita de Jesus à Nazaré, sua comunidade de origem-Mateus 13,54-58-Vídeo diferenciado do Pe Lucas
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