Mc 7, 31-37 “Effatá, isto é, abre-te!-
No evangelho de hoje, Jesus cura um surdo que gaguejava. Este episódio é pouco conhecido. O vídeo que você vai assistir agora, pode ajudar muito as pessoas, mas isto depende única e exclusivamente de você. – Compartilhe o vídeo, divulgue-o, viralize-o. Inscreva-se no canal Padre Lucas e veja o vídeo do começo ao fim. Ajude-nos a evangelizar…

                                     A Bíblia explicada em capítulos e versículos
O Amanhecer do Evangelho-
Reflexões, ilustrações e vídeo de Pe. Lucas de Paula Almeida

1) Oração

Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem no Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

2) Leitura do Evangelho (Marcos 7, 31-37)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos – Naquele tempo, 31Jesus deixou de novo as fronteiras de Tiro e foi por Sidônia ao mar da Galileia, no meio do território da Decápole. 32Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo, rogando-lhe que lhe impusesse a mão. 33Jesus tomou-o à parte dentre o povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. 34E levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: Éfeta!, que quer dizer abre-te! 35No mesmo instante os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e ele falava perfeitamente. 36Proibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto mais lhes proibia, tanto mais o publicavam. 37E tanto mais se admiravam, dizendo: Ele fez bem todas as coisas; fez que ouçam os surdos e falem os mudos. – Palavra da salvação.

3) Momento de reflexão “EFFATA”, ISTO É, ABRE- TE! Mc 7, 31-37
A Bíblia explicada em capítulos e versículos – 

No ritual atualizado do batismo, já entre os gestos finais da celebração, o celebrante toca de leve os ouvidos e os lábios do batizando, e diz estas palavras: “0 Senhor Jesus, que fez os surdos ouvir e os mudos falar, te conceda que possas logo ouvir a sua palavra e professar a fé, para louvor e glória de Deus Pai”.Não é inverossímil que uma forma semelhante já fizesse parte do ritual. mais primitivo do batismo.E esse rito tem o nome de “effata”, que é a palavra aramaica usada por Jesus, quando curou o surdo- mudo: “Abre-te” – disse Ele – tocando os ouvidos do surdo-mudo e tocando-Ihe a língua com os dedos umedecidos na própria saliva. Quase parece um rito sacramental! (cfr Mc 7, 32-35).   Esse poder de Jesus, de abrir os olhos aos cegos, de abrir os ouvidos dos surdos e desatar a língua dos mudos já estava explicitamente anunciado por Isaías, quando fala dos poderes do Messias. Eram sinais que serviram para identificar Jesus como aquele que o povo esperava. Basta lembrar a embaixada dos discípulos de João Batista, que vieram perguntar se Jesus era “o que devia vir” – 0 Esperado, o Messias – ou deveriam esperar outro.A resposta de Jesus foi que olhassem em redor o que estava acontecendo: “os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem…” (Mt 11, 5). Era o sinal. Eram os “sinais” que anunciavam a certeza da presença do Messias. Essas curas materiais significavam a grande renovação do mundo que Ele ia realizar. Elas estavam anunciadas por Isaías. E o povo bem o sabia (cfr Is 35, 5-6).Jesus queria que não contassem a ninguém a cura que tinha acontecido. Era sua habitual prudência para evitar manifestações intempestivas de um entusiasmo messiânico mal interpretado. Mas o povo não podia calar-se. E proclamava; “Ele fez tudo bem. Fez os surdos ouvir e os mudos falar” (Mc 7, 37).Esse deve ser o nosso entusiasmo permanente. Proclamar a grandeza da obra de Jesus. Ele não somente restitui a fala aos mudos e o ouvido aos surdos. Ele abre os ouvidos da humanidade para escutar a voz de Deus através da fé. Ele nos abre a boca, para cantarmos os louvores de Deus, para proclamarmos sua grandeza, para anunciarmos a justiça e darmos testemunho da verdade, para sermos por toda parte mensageiros da paz.Creio, até, não ser fora de propósito considerar que a escolha da passagem evangélica da cura do surdo-mudo para figurar no ritual do batismo contém uma sugestão implícita sobre a atitude da Igreja e de cada cristão no escutar a palavra de Deus e no transmiti-la.A Igreja é um povo que deve estar permanentemente na escuta da palavra de Deus. E é bom acrescentá-Io logo aqui: ela deve empenhar-se para colocar o mundo inteiro na escuta da palavra de Deus. Lembrando a palavra de Jesus: “Bem-aventurado aquele que ouve a palavra de Deus e a põe em prática” ( Lc 11, 28). Essa palavra tem que ser a luz do caminho dos homens, para iluminá-los no meio das sombras do erro e da mentira que envolvem o mundo.

E a Igreja tem que ser a fiel mensageira da palavra de Deus para os homens. E por meio dessa palavra que se congrega o povo de Deus. Por isso mesmo, a ordem final de Cristo ao se despedir da terra foi esta: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15). É a missão da Igreja estar a serviço da palavra de Deus. Ela tem que ser a fiel servidora do Evangelho. Para isso Cristo nela deixou todo o poder de sua autoridade.E não só a Igreja deve falar a palavra de Deus. Cada cristão também, no âmbito de sua responsabilidade, deve falar essa palavra. Não só ensinando, no lar, na escola, nos grupos de catequese. Mas fazendo de cada uma de suas palavras um eco fiel da verdade de Deus.“Se alguém fala – escreveu São Pedro -faça-o como se pronunciasse oráculos de Deus” (I Pd 4, 11 ). O que quer dizer que nenhuma de nossas palavras deve discordar da palavra de Deus: de sua verdade, de sua justiça, de sua sabedoria, de seu amor .

4) Para um confronto pessoal

  1. Jesus teve muita abertura para as pessoas de outra raça, de outra religião e de outros costumes. Será que nós cristãos hoje temos a mesma abertura? Será que eu tenho?
  2. Definição da Boa Nova: “Jesus fez bem todas as coisas!” Sou Boa Nova de Deus para os outros?

5) Oração final

Cantai ao Senhor um cântico novo. Cantai ao Senhor, terra inteira. Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome, anunciai cada dia a salvação que ele nos trouxe.  (Sl 95, 1-2)

LEITURAS do XXIII Domingo do Tempo Comum – Ano B:

1ª – Is 35, 4-7a.

2ª – Tg 2, 1 -5.

3ª – Mc 7, 31-37.

(Marcos 7, 31-37)- Jesus cura o surdo que gaguejava e acolhe a mulher Cananeia –  

     A Bíblia explicada em Capítulos e versículos
O Amanhecer do Evangelho
Reflexões, ilustrações e vídeo de Pe. Lucas de Paula Almeida, CM

 

1) Oração

Velai, ó Deus, sobre a vossa família, com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Marcos 7, 31-37)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos – Naquele tempo, 31Jesus deixou de novo as fronteiras de Tiro e foi por Sidônia ao mar da Galileia, no meio do território da Decápole. 32Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo, rogando-lhe que lhe impusesse a mão. 33Jesus tomou-o à parte dentre o povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. 34E levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: Éfeta!, que quer dizer abre-te! 35No mesmo instante os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e ele falava perfeitamente. 36Proibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto mais lhes proibia, tanto mais o publicavam. 37E tanto mais se admiravam, dizendo: Ele fez bem todas as coisas; fez que ouçam os surdos e falem os mudos. – Palavra da salvação.3) Reflexão

No evangelho de hoje, Jesus cura um surdo que gaguejava. Este episódio é pouco conhecido. No episódio da Mulher Cananeia, Jesus ultrapassou as fronteiras do território nacional e acolheu uma mulher estrangeira que não era do povo e com a qual era proibido conversar. A mesma abertura continua no evangelho de hoje.*  Marcos 7,31A região da Decápole

“Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole”.   Decápole significa, literalmente, Dez Cidades. Era uma região de dez cidades ao sudeste da Galileia, cuja população era pagã.*  Marcos 7,31-35Abrir o ouvido e soltar a língua.

Um surdo gago é levado a Jesus. O jeito de curar é diferente. O povo queria que Jesus apenas impusesse as mãos sobre ele. Mas Jesus foi muito além do pedido. Ele levou o homem para longe da multidão, colocou os dedos nas orelhas e com saliva tocou na língua, olhou para o céu, fez um suspiro profundo e disse: “Éfata!”, isto é, “Abra-se!” No mesmo instante, os ouvidos do surdo se abriram, a língua se desprendeu e o homem começou a falar corretamente. Jesus quer que o povo abra o ouvido e solte a língua!*  Marcos 7,36-37Jesus não quer publicidade.

“Jesus recomendou com insistência que não contassem nada a ninguém. No entanto, quanto mais ele recomendava, mais eles pregavam. Estavam muito impressionados e diziam: “Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar”. Ele proíbe a divulgação da cura, mas não adiantou. Quem teve experiência de Jesus, vai contar para os outros, queira ou não queira! As pessoas que assistiram á cura começaram a proclamar o que tinham visto e resumiram a Boa Notícia assim: “Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar”.  . Esta afirmação do povo faz lembrar a criação, onde se diz: “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31). E evoca ainda a profecia de Isaías, onde este diz que no futuro os surdos vão ouvir e os mudos vão falar (Is 29,28; 35,5. cf Mt 11,5).* A recomendação de não contar nada a ninguém.

Às vezes, se exagera a atenção que o evangelho de Marcos atribui à proibição de divulgar a cura, como se Jesus tivesse um segredo a ser preservado. Na maioria das vezes que Jesus faz um milagre, ele não pede silêncio. Uma vez até pediu publicidade (Mc 5,19). Algumas vezes, porém, ele dá ordem para não divulgar a cura (Mc 1,44; 5,43; 7,36; 8,26), mas ele obtém o resultado contrário. Quanto mais proíbe, tanto mais a Boa Nova se espalha (Mc 1,28.45; 3,7-8; 7,36-37). Não adianta proibir! Pois a força interna da Boa Nova é tão grande que ela se divulga por si mesma!*  Abertura crescente no evangelho de Marcos

Ao longo das páginas do evangelho de Marcos há uma abertura crescente em direção aos outros povos. Assim, Marcos leva os leitores e as leitoras a abrir-se, aos poucos, para a realidade do mundo ao redor e a superar os preconceitos que impediam a convivência pacífica entre os povos. Na sua passagem pela Decápole, região pagã, Jesus atende ao pedido do povo do lugar e cura um surdo gago. Ele não tem medo de contaminar-se com a impureza de um pagão, pois ao curá-lo, toca-lhe os ouvidos e a língua. Enquanto as autoridades dos judeus e os próprios discípulos têm dificuldades de escutar e entender, um pagão que era surdo e gago passa a ouvir e a falar pelo toque de Jesus. Lembra o cântico do servo “O Senhor Iahweh abriu-me os ouvidos e eu não fui rebelde” (Is 50,4-5). Ao expulsar os vendedores do templo, Jesus critica o comércio injusto e afirma que o templo deve ser casa de oração para todos os povos (Mc 11,17). Na parábola dos vinhateiros homicidas, Marcos faz alusão ao fato de que a mensagem será tirada do povo eleito, os judeus, e será dada aos outros, aos pagãos (Mc 12,1-12). Depois da morte de Jesus, Marcos apresenta a profissão de fé de um pagão ao pé da cruz. Ao citar o centurião romano e seu reconhecimento de Jesus como Filho de Deus, está dizendo que o pagão é mais fiel do que os discípulos e mais fiel do que os judeus (Mc 15,39). A abertura para os pagãos aparece de maneira muito clara na ordem final dada por Jesus aos discípulos, depois da sua ressurreição: ”Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).4) Para um confronto pessoal

  1. Jesus teve muita abertura para as pessoas de outra raça, de outra religião e de outros costumes. Será que nós cristãos hoje temos a mesma abertura? Será que eu tenho?
  2. Definição da Boa Nova: “Jesus fez bem todas as coisas!” Sou Boa Nova de Deus para os outros?

5) Oração final

Cantai ao Senhor um cântico novo. Cantai ao Senhor, terra inteira. Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome, anunciai cada dia a salvação que ele nos trouxe.  (Sl 95, 1-2)

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

O AMANHECER DO EVANGELHO

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

Sexta-feira da 5ª Semana do Tempo Comum

Acolhendo os excluídos – A mulher Cananéia ajuda Jesus a descobrir a Vontade do Pai – Mc 7, 31-37Abrir os olhos para ver. ACOLHIDA

No texto de hoje, veremos como Jesus atende a uma mulher estrangeira de outra raça e de outra religião, o que era proibido pela lei religiosa daquela época. Inicialmente, Jesus não queria atendê-la, mas a mulher insistiu e conseguiu o que queria: a cura da filha. Vamos conversar sobre isso.Situando

Jesus vai tentando abrir a mentalidade dos discípulos e do povo para além da visão tradicional. Na multiplicação dos pães, ele tinha insistido na partilha (Mc 6,30-44). Na discussão sobre o puro e o impuro, tinha declarado puros todos os alimentos (Mc 7,1-23). Agora, neste episódio da mulher Cananéia, ele ultrapassa as fronteiras do território nacional e acolhe uma mulher estrangeira que não era do povo e com a qual era proibido conversar. Estas iniciativas de Jesus, nascidas da sua experiência de Deus como Pai, eram estranhas para a mentalidade do povo da época. Cresce para eles o mistério, aparece o não-entender.A abertura crescente de Jesus era uma ajuda muito importante para as comunidades do tempo de Marcos. Elas eram um grupo pequeno, perdido naquele mundo hostil do Império Romano. Quando um grupo é minoria, sofre a tentação de se fechar sobre si mesmo. A atitude de abertura de Jesus era um estímulo para as comunidades não se fecharem, mas manterem bem viva a consciência missionária de anunciar a Boa Nova de Deus a todos os povos, como Jesus tinha pedido com tanta insistência.1) Oração

Velai, ó Deus, sobre a vossa família, com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Marcos 7, 31-37)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos – Naquele tempo, 31Jesus deixou de novo as fronteiras de Tiro e foi por Sidônia ao mar da Galiléia, no meio do território da Decápole. 32Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo, rogando-lhe que lhe impusesse a mão. 33Jesus tomou-o à parte dentre o povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. 34E levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: Éfeta!, que quer dizer abre-te! 35No mesmo instante os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e ele falava perfeitamente. 36Proibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto mais lhes proibia, tanto mais o publicavam. 37E tanto mais se admiravam, dizendo: Ele fez bem todas as coisas; fez que ouçam os surdos e falem os mudos. – Palavra da salvação.Comendando

Mc 7,29-30 – A reação de Jesus“Pelo que disseste: Vai! O demônio saiu da tua filha!” Nos outros evangelhos se explicita: “Grande é a tua fé! Seja feito como queres!” (Mt 15,28). Se Jesus atende ao pedido da mulher, é porque compreendeu que, agora, o Pai queria que ele acolhesse o pedido dela. Este episódio ajuda a perceber algo do mistério que envolvia a pessoa de Jesus e como ele convivia com o Pai. Era observando as reações e as atitudes das pessoas que Jesus descobria a vontade do Pai nos acontecimentos da vida. A atitude da mulher abriu um novo horizonte na vida de Jesus. Através dela, ele descobriu melhor que o projeto do Pai é para todos os que buscam a vida e procuram libertá-la das cadeias que aprisionam a sua energia.Marcos 7, 31- 36: Abrir o ouvido e soltar a língua

O episódio da cura do gago é pouco conhecido. Jesus está atravessando a região da Decápole. Decápole significa, literalmente, Dez Cidades. Era uma região de dez cidades ao sudeste da Galiléia, cuja população era pagã. Um surdo gago é levado a Jesus. O jeito de curar é diferente. O povo queria que Jesus apenas impusesse as mãos sobre ele. Mas Jesus foi muito além do pedido. Ele levou o homem para longe da multidão, colocou os dedos nas orelhas e com saliva tocou na língua, olhou para o céu, fez um suspiro profundo e disse: “Éffata!”, isto é, “Abra-se!” No mesmo instante, os ouvidos do surdo se abriram, a língua se desprendeu e o homem começou a falar corretamente. Jesus quer que o povo abra o ouvido e solte a língua! Todo o povo ficou muito admirado e dizia: “Ele fez bem todas as coisas!” (Mc 7,37). Esta afirmação do povo faz lembrar a criação, onde se diz: “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31).Marcos 7, 37: Jesus não quer publicidade.

Ele proibiu a divulgação da cura, mas não adiantou. Quem teve experiência de Jesus vai contar para os outros, queira ou não queira! As pessoas que assistiram à cura começaram a proclamar o que tinham visto e resumiram a Boa Notícia assim: “Ele fez bem todas as coisas”.Às vezes, se exagera a atenção que o Evangelho de Marcos atribui à proibição de divulgar a cura, como se Jesus tivesse um segredo a ser preservado. Na maioria das vezes que Jesus faz um milagre, ele não pede silêncio. Uma vez até pediu publicidade (Mc 5,19). Algumas vezes, porém, ele dá ordem para não divulgar a cura (Mc 1,44; 5,43; 7,36; 8,26), mas obtém o resultado contrário. Quanto mais proíbe, tanto mais a Boa Nova se espalha (Mc 1,28.45; 3,7-8; 7,36-37). Não adianta proibir! Pois a força interna da Boa Nova é tão grande que ela se divulga por si mesma! 3) Reflexão

No evangelho de hoje, Jesus cura um surdo que gaguejava. Este episódio é pouco conhecido. No episódio da Mulher Cananéia, Jesus ultrapassou as fronteiras do território nacional e acolheu uma mulher estrangeira que não era do povo e com a qual era proibido conversar. A mesma abertura continua no evangelho de hoje.Marcos 7,31A região da Decápole

“Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galiléia, atravessando a região da Decápole”. Decápole significa, literalmente, Dez Cidades. Era uma região de dez cidades ao sudeste da Galiléia, cuja população era pagã.Marcos 7,31-35Abrir o ouvido e soltar a língua.

Um surdo gago é levado a Jesus. O jeito de curar é diferente. O povo queria que Jesus apenas impusesse as mãos sobre ele. Mas Jesus foi muito além do pedido. Ele levou o homem para longe da multidão, colocou os dedos nas orelhas e com saliva tocou na língua, olhou para o céu, fez um suspiro profundo e disse: “Éfata!”, isto é, “Abra-se!” No mesmo instante, os ouvidos do surdo se abriram, a língua se desprendeu e o homem começou a falar corretamente. Jesus quer que o povo abra o ouvido e solte a língua!Marcos 7,36-37Jesus não quer publicidade.

“Jesus recomendou com insistência que não contassem nada a ninguém. No entanto, quanto mais ele recomendava, mais eles pregavam. Estavam muito impressionados e diziam: “Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar”. Ele proíbe a divulgação da cura, mas não adiantou. Quem teve experiência de Jesus, vai contar para os outros, queira ou não queira! As pessoas que assistiram á cura começaram a proclamar o que tinham visto e resumiram a Boa Notícia assim: “Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar”. . Esta afirmação do povo faz lembrar a criação, onde se diz: “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31). E evoca ainda a profecia de Isaías, onde este diz que no futuro os surdos vão ouvir e os mudos vão falar (Is 29,28; 35,5. cf Mt 11,5).* A recomendação de não contar nada a ninguém.

Às vezes, se exagera a atenção que o evangelho de Marcos atribui à proibição de divulgar a cura, como se Jesus tivesse um segredo a ser preservado. Na maioria das vezes que Jesus faz um milagre, ele não pede silêncio. Uma vez até pediu publicidade (Mc 5,19). Algumas vezes, porém, ele dá ordem para não divulgar a cura (Mc 1,44; 5,43; 7,36; 8,26), mas ele obtém o resultado contrário. Quanto mais proíbe, tanto mais a Boa Nova se espalha (Mc 1,28.45; 3,7-8; 7,36-37). Não adianta proibir! Pois a força interna da Boa Nova é tão grande que ela se divulga por si mesma!* Abertura crescente no evangelho de Marcos

Ao longo das páginas do evangelho de Marcos há uma abertura crescente em direção aos outros povos. Assim, Marcos leva os leitores e as leitoras a abrir-se, aos poucos, para a realidade do mundo ao redor e a superar os preconceitos que impediam a convivência pacífica entre os povos. Na sua passagem pela Decápole, região pagã, Jesus atende ao pedido do povo do lugar e cura um surdo gago. Ele não tem medo de contaminar-se com a impureza de um pagão, pois ao curá-lo, toca-lhe os ouvidos e a língua. Enquanto as autoridades dos judeus e os próprios discípulos têm dificuldades de escutar e entender, um pagão que era surdo e gago passa a ouvir e a falar pelo toque de Jesus. Lembra o cântico do servo “O Senhor Iahweh abriu-me os ouvidos e eu não fui rebelde” (Is 50,4-5). Ao expulsar os vendedores do templo, Jesus critica o comércio injusto e afirma que o templo deve ser casa de oração para todos os povos (Mc 11,17). Na parábola dos vinhateiros homicidas, Marcos faz alusão ao fato de que a mensagem será tirada do povo eleito, os judeus, e será dada aos outros, aos pagãos (Mc 12,1-12). Depois da morte de Jesus, Marcos apresenta a profissão de fé de um pagão ao pé da cruz. Ao citar o centurião romano e seu reconhecimento de Jesus como Filho de Deus, está dizendo que o pagão é mais fiel do que os discípulos e mais fiel do que os judeus (Mc 15,39). A abertura para os pagãos aparece de maneira muito clara na ordem final dada por Jesus aos discípulos, depois da sua ressurreição: ”Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).Alargando  

Abertura para os pagãos no Evangelho de Marcos

Na época do AT, na rivalidade entre os povos, um povo costumava chamar o outro de “cachorro” (1Sm 17,43). Isto fazia parte da relação conflituosa que eles tinham entre si, na terra de Canaã, para formar um povo novo com direito à terra, à vida e à identidade própria. O enfrentamento entre Golias, o gigante filisteu, e Davi, o pastorzinho israelita, é uma amostra desta situação. Para Davi, vencer o filisteu pagão era salvar a honra tanto do povo israelita como do Deus vivo (1Sm 17,26). Quando Davi se aproxima para a luta sem as armas tradicionais, mas apenas com um bastão, Golias pergunta: “Será que sou um cachorro?” (1Sm 17,43).Ao longo das páginas do Evangelho de Marcos, há uma abertura crescente em direção aos outros povos. Assim, Marcos leva os leitores e as leitoras a abrir-se, aos poucos, para a realidade do mundo ao redor e a superar os preconceitos que impediam a convivência pacífica entre os povos. Eis exemplos:A mulher que Marcos nos apresenta era uma pagã, siro-fenícia de nascimento (Mc 7,26). No passado, nos tempos da rainha Jezabel e do profeta Elias, tinha havido rivalidade entre Israel e o povo da Fenícia ou de Canaã. Mas agora, a mulher não está preocupada com as rivalidades do passado. Ela busca a libertação para a sua filha, dominada por um demônio (Mc 7,26). Ouve falar de um judeu que tem o poder de Deus para libertar do mal. Aqui, já não importam os preconceitos raciais. O que importa é a vida ameaçada da filha, vida oprimida que precisa ser libertada.Na sua passagem pela Decápole, região pagã, Jesus atende ao pedido do povo do lugar e cura um surdo gago. Ele não tem medo de contaminar-se com a impureza de um pagão, pois, ao curá-lo, toca-lhe os ouvidos e a língua. Enquanto as autoridades dos judeus e os próprios discípulos têm dificuldades de escutar e entender, um pagão que era surdo e gago passa a ouvir e a falar pelo toque de Jesus. Lembra o cântico do servo: O Senhor Iahweh abriu-me os ouvidos e eu não fui rebelde (Is 50,4-5).Ao expulsar os vendedores do templo, Jesus critica o comércio injusto e afirma que o templo deve ser casa de oração para todos os povos (Mc 11,17). Fazendo assim, ele resgata a profecia de Isaías que estendia a salvação aos estrangeiros e manda abolir as restrições da lei que proibia a participação de eunucos, bastardos e estrangeiros na assembleia de Iahweh (Dt 23,2-9).Na parábola dos vinhateiros homicidas, Marcos faz alusão ao fato de que a mensagem será tirada do povo eleito, os judeus, e será dada aos outros, aos pagãos (Mc 12,1-12). Depois da morte de Jesus, Marcos apresenta a profissão de fé de um pagão ao pé da cruz. Ao citar o centurião romano e seu reconhecimento de Jesus como Filho de Deus, está dizendo que o pagão é mais fiel do que os discípulos e mais fiel do que os judeus (Mc 15,39).A abertura para os pagãos aparece de maneira muito clara na ordem final dada por Jesus aos discípulos, depois da sua ressurreição: Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15).4) Para um confronto pessoal

  1. Jesus teve muita abertura para as pessoas de outra raça, de outra religião e de outros costumes. Será que nós cristãos hoje temos a mesma abertura? Será que eu tenho?
  2. Definição da Boa Nova: “Jesus fez bem todas as coisas!” Sou Boa Nova de Deus para os outros?

5) Oração final

Cantai ao Senhor um cântico novo. Cantai ao Senhor, terra inteira. Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome, anunciai cada dia a salvação que ele nos trouxe. (Sal 95, 1-2)

 

Mc 7, 31-37 – Jesus faz bem todas as coisas
A Bíblia explicada em capítulos e versículos
O Amanhecer do Evangelho-
Reflexões, ilustrações e vídeo de Pe. Lucas de Paula Almeida

ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

VIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO COMUM Mc 7, 31-37 – Jesus faz bem todas as coisas

Os eventos relatados no texto de hoje situam-se no território pagão de Tiro e Sidônia (hoje, Líbano). Marcos faz questão de sublinhar o contexto geográfico – talvez uma referência à missão aos gentios (pagãos) que marcava a sua Igreja. Mais uma vez estamos diante de um milagre de Jesus que manifesta o poder de Deus que age n’Ele, que causa espanto e alegria entre as testemunhas, e que leva Jesus a proibir que a notícia se espalhe no território.

Em si, o relato segue o roteiro de tantos outros – uma pessoa sofrendo (neste caso de surdez e incapacidade de falar corretamente), a compaixão da parte de Jesus que o leva a atender o pedido de uma cura, a cura em si, a proibição de espalhar a notícia (o chamado Segredo Messiânico) e a incapacidade das testemunhas de guardar o segredo.       A violação da proibição por parte da multidão traz à tona a questão da verdadeira identidade de Jesus, dando a impressão de que Ele é muito mais do que um simples curador! As palavras que expressam o entusiasmo da multidão diante d’Ele (7, 37) são tiradas de uma seção apocalíptica de Isaías, sugerindo que, nas atividades de Jesus, o Reino de Deus se faz presente.Mais uma vez o Segredo Messiânico em Marcos nos faz perguntar sobe o seu sentido. Provavelmente faz parte da insistência de Marcos de que Jesus é mais do que um taumaturgo ou milagreiro, e que a sua verdadeira identidade só se revelará na sua Cruz e Ressurreição. Pois é somente lá, e não diante dos milagres, que Jesus é proclamado Filho de Deus” por uma pessoa humana – o oficial que exclamou ao pé da Cruz, vendo como Jesus havia expirado: De fato, esse homem era mesmo Filho de Deus” (Mc 15, 39). Para Marcos, uma fé baseada nos milagres é sempre ambígua, pois pode levar ao seguimento de Jesus por motivos errôneos e duvidosos.Para corrigir essa tendência na sua comunidade, ele insiste que só se pode proclamar Jesus com o título messiânico Filho de Deus” ao pé da Cruz, onde não há lugar para dúvidas, pois só se pode crer na fraqueza de Deus, como diria Paulo, que é mais forte do que a força humana (1Cor 1, 25).

A proclamação das testemunhas que Jesus fez os surdos ouvir e os mudos falar” alude a Is 35, 5-6, que faz parte da visão apocalíptica do futuro glorioso de Israel (Is 34-35, relacionado com Is 40-66). O uso aqui deste texto vétero-testamentário indica que o futuro glorioso do novo Israel já está presente no ministério de Jesus.Podemos ver um sentido mais simbólico, para os nossos dias, na cura relatada – o de abrir os ouvidos e soltar as línguas.Pois, o sistema hegemônico de hoje, e os meios de comunicação, frequentemente atrelados e coniventes, procuram em geral tapar os ouvidos do povo diante dos gritos dos sofridos; pois, fazem questão de camuflar a realidade sofrida de milhões, escondendo a realidade ou banalizando-a, como fica claro na maioria dos noticiários de televisão.Também as forças dominantes deixam cada vez mais os excluídos sem voz – só pode ter voz ativa quem produz e consome, na nossa sociedade materialista e consumista. Diante da surdez e mudez físicas, Jesus cura!O evangelho e a atividade evangelizadora das igrejas devem ajudar as pessoas para que ouçam o grito dos oprimidos e para que ajudem a devolver a voz àqueles a quem lhes foi tirada. Dia 7 de setembro é o dia do Grito dos Excluídos – uma maneira de as Igrejas e todas as pessoas de boa vontade assinalarem que a nossa luta está em favor dos excluídos e menos favorecidos, e que essa atividade não se limita a um passeata neste dia somente, mas que é a tônica da nossa ação evangelizadora, retomada com muita força no Documento de Aparecida e em tantos outros documentos do Magistério e da CNBB.

       Jesus fez bem todas as coisas – fez os surdos ouvir e os mudos falar!”Que se possa dizer isso de todas as Igrejas e pastorais – que ajudamos a devolver a capacidade de ouvir os gemidos dos sofredores a tantas pessoas ensurdecidas pela ideologia dominante, e que ajudamos os sem-voz a recuperar a voz ativa, nas decisões das Igrejas e da sociedade em geral.LEITURAS do XXIII Domingo do Tempo Comum – Ano B:

1ª – Is 35, 4-7a.

2ª – Tg 2, 1 -5.

3ª – Mc 7, 31-37.

Mt 5, 33-37- Jesus faz a releitura do mandamento “Não jurar falso” –
A Bíblia explicada em capítulos e versículos-
O Amanhecer do Evangelho-
Reflexões, ilustrações e vídeo de Pe. Lucas de Paula Almeida, CM-
Sábado da 10ª Semana do Tempo Comum-

Mt 5, 33-37- Jesus faz a releitura do mandamento “Não jurar falso” –

1) Oração

Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por sua inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

2) Leitura do Evangelho (Mateus 5, 33-37)

33Ouvistes ainda o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. 34Eu, porém, vos digo: não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. 36Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes fazer um cabelo tornar-se branco ou negro. 37Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno.3) Reflexão – Mt 5, 33-37

* No evangelho de hoje, Jesus faz a releitura do mandamento “Não jurar falso”. E aqui também, ele vai para além da letra, busca o espírito da lei e procura mostrar o objetivo último deste mandamento: alcançar a transparência total no relacionamento entre as pessoas.Aqui vale aplicar o que já dissemos a respeito dos mandamentos “Não matar” e “Não cometer adultério”. Trata-se da nova maneira de interpretar e de colocar em prática a Lei de Moisés a partir da nova experiência de Deus como Pai/Mãe que Jesus nos trouxe. Jesus relê a lei a partir da intenção que Deus tinha ao proclama-la, séculos atrás, no Monte Sinai.Mateus 5,33Foi dito aos antigos: não jurar falso                                                                                                  

A lei do AT dizia: “Não jurar falso”. E acrescentava que a pessoa deve cumprir os seus juramentos para com o Senhor (cf. Nm 30,2). Na oração dos salmos se diz que só pode subir a montanha de Javé e chegar no lugar santo “aquele que tem mãos inocentes e coração puro, que não confia nos ídolos, nem faz juramento para enganar” (Sl 24,4). O mesmo é dito em vários outros lugares do AT (Ecle 5,3-4), pois deve-se poder confiar nas palavras do outro. Para favorecer esta confiança mútua, a tradição tinha inventado a ajuda do juramento.Para dar força à sua palavra, a pessoa jurava por alguém ou por algo que era maior do que ela e que poderia vir castiga-la caso ela não cumprisse o que prometeu. E assim é até hoje. Tanto na igreja como na sociedade, há momentos e ocasiões em que se exigem juramentos solenes das pessoas. No fundo, o juramento é a expressão da convicção de que nunca se pode confiar inteiramente na palavra do outro.Mateus 5,34-36Mas eu digo: não jurar nunca

Jesus quer sanar esta deficiência. Não basta “não jurar falso”. Ele vai mais além e afirma: “Eu, porém, lhes digo: não jurem de modo algum: nem pelo Céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o suporte onde ele apóia os pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei.Não jure nem mesmo pela sua própria cabeça, porque você não pode fazer um só fio de cabelo ficar branco ou preto. Faziam juramento pelo céu, pela terra, pela cidade de Jerusalém, pela própria cabeça. Jesus mostra que tudo isto é remédio que não cura a doença da falta de transparência no relacionamento entre as pessoas. Qual é a solução que ele propõe?Mateus 5,37O Sim seja sim, e o não seja não.                                                                                                                         

A solução que Jesus propõe é esta: “Diga apenas ‘sim’, quando é ‘sim’; e ‘não’, quando é ‘não’. O que você disser além disso, vem do Maligno”. Ele propõe a total e radical honestidade. Nada mais do que isto. O que você disser além disso, vem do Maligno . Aqui, novamente, aqui somos confrontado com um objetivo que ficará sempre na nossa frente e que nunca chegaremos a cumprir totalmente. É uma outra expressão do novo ideal de justiça que Jesus propõe: “ser perfeito como o Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).                                                                Jesus elimina pela raiz qualquer tentativa de eu criar em mim a convicção de que me salvo pela minha observância da lei. Ninguém poderá merecer a graça de Deus. Já não seria graça. Observamos a Lei, não para merecer a salvação, mas para agradecer de coração a imensa bondade gratuita de Deus que nos acolhe, perdoa e salva sem merecimento algum da nossa parte.4) Para um confronto pessoal

1) Como é a minha observância da lei?

2) Será que já experimentei alguma vez na vida algo da bondade gratuita de Deus5) Oração final

Bendigo o Senhor porque me deu conselho, porque mesmo de noite o coração me exorta.Ponho sempre o Senhor diante dos olhos, pois ele está à minha direita; não vacilarei. (Sl 15, 7-8)