Peregrinações, Liturgias e Homilias diárias

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26 jun
26/06/2022    
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Jesus deixa a Galiléia e segue para Jerusalém- Lucas 9,51-56 -Visite o Canal CNBB Padre Lucas https://www.youtube.com/watch?v=dssqS8yRbuM&t=186s&ab_channel=CNBBPadreLucas 1) Oração 2) Leitura do Evangelho (Lucas 9,51-56) 3) Reflexão Lucas 9,51-56 * O evangelho de hoje conta como Jesus decide ir para Jerusalém. Descreve também as primeiras dificuldades que ele encontra nesta caminhada. Traz o começo da longa e dura caminhada da periferia para a capital. Jesus deixa a Galiléia e segue para Jerusalém. Nem todos o compreendem. Muitos o abandonam, pois as exigências são grandes. Hoje acontece o mesmo. Na caminhada das nossas comunidades também há incompreensão e abandono. * “Jesus decide ir para Jerusalém”. Esta decisão vai marcar a longa e dura viagem de Jesus desde a Galiléia até Jerusalém, da periferia até a capital. Esta viagem ocupa mais de uma terça parte de todo o evangelho de Lucas (Lc 9,51 até 19,28). Sinal de que a caminhada até Jerusalém teve uma importância muito grande na vida de Jesus. A longa caminhada simboliza, ao mesmo tempo, a viagem que as comunidades estavam fazendo. Elas procuravam realizar a difícil passagem do mundo judeu para o mundo da cultura grega. Simbolizava também a tensão entre o Novo que continuava avançando e o Antigo que se fechava cada vez mais. E simboliza, ainda, a conversão que cada um de nós tem que fazer, procurando seguir Jesus. Durante a viagem, os discípulos e as discípulas tentam seguir Jesus, sem voltar atrás. Nem sempre o conseguem. Jesus dedica muito tempo à instrução dos que o seguem de perto. Um exemplo concreto desta instrução temos no evangelho de hoje. Logo no início da viagem, Jesus sai da Galiléia e leva seus discípulos para dentro do território dos samaritanos. Ele procura formá-los para que possam entender a abertura para o Novo, para o “outro”, o diferente. * Lucas 9,51: Jesus decide ir para Jerusalém O texto grego diz literalmente: "Quando se completaram os dias da sua assunção (ou arrebatamento), Jesus firmou o seu rosto para ir a Jerusalém”. A expressão assunção ou arrebatamento evoca o profeta Elias que foi arrebatado ao céu (2 Rs 2,9-11). A expressão firmar o rosto evoca o Servo de Javé que dizia: “Faço meu rosto duro como pedra, certo de não ser enganado” (Is 50,7). Evoca ainda uma ordem que o profeta Ezequiel recebeu de Deus: "Fixa a teu rosto contra Jerusalém!" (Ez 21,7). Usando tais expressões, Lucas sugere que, com a caminhada em direção a Jerusalém, começa uma oposição mais declarada de Jesus contra o projeto da ideologia oficial do Templo de Jerusalém. A ideologia do Templo queria um Messias glorioso e nacionalista. Jesus quer ser o Messias-Servo. Durante a longa viagem, esta oposição vai crescer e, no fim, vai terminar no arrebatamento ou na assunção de Jesus. A assunção de Jesus é a sua morte na Cruz, seguida da ressurreição. 2. Lucas 9,52-53: Fracassa a missão na Samaria Durante a viagem, o horizonte da missão se alarga. Logo no início, Jesus ultrapassa as fronteiras do território e da raça. Ele manda seus discípulos preparar a sua vinda numa aldeia da Samaria. Mas a missão junto dos samaritanos fracassou. Lucas diz que os samaritanos não receberam Jesus porque ele estava indo para Jerusalém. Porém, se os discípulos tivessem dito aos samaritanos: “Jesus está indo para Jerusalém para criticar o projeto do Templo e para exigir maior abertura”, Jesus teria sido aceito, pois os samaritanos eram da mesma opinião. O fracasso da missão deve-se, provavelmente, aos discípulos. Eles não entenderam por que Jesus “firmou a cara contra Jerusalém”. A propaganda oficial do Messias glorioso e nacionalista impedia-os de enxergar. Os discípulos não entenderam a abertura de Jesus, e a missão fracassou! 3. Lucas 9,54-55: Jesus recusa o pedido de vingança Tiago e João não querem levar desaforo para casa. Não aceitam que alguém não concorde com a idéia deles. Querem imitar Elias e usar o fogo para se vingar (2 Rs 1,10). Jesus recusa a proposta. Não quer o fogo. Certas Bíblias acrescentam: "Vocês não sabem de que espírito são movidos!" Significa que a reação dos dois discípulos não era do Espírito de Deus. Quando Pedro sugeriu a Jesus para não seguir pelo caminho do Messias Servo, Jesus chamou Pedro de Satanás (Mc 8,33). Satanás é o mau espírito que quer mudar o rumo da missão de Jesus. Recado de Lucas para as comunidades: os que querem impedir a missão junto dos pagãos são movidos pelo mau espírito! * Durante os dez capítulos que descrevem a viagem até Jerusalém (Lc 9,51 a 19,28), Lucas, constantemente, lembra que Jesus está a caminho de Jerusalém (Lc 9,51.53.57; 10,1.38; 11,1; 13,22.33; 14,25; 17,11; 18,31; 18,37; 19,1.11.28). Raramente, porém, ele diz por onde Jesus passava. Só aqui no começo da viagem (Lc 9,51), no meio (Lc 17,11) e no fim (Lc 18,35; 19,1), você fica sabendo algo a respeito do lugar por onde Jesus estava passando. Isto vale para as comunidades de Lucas e para todos nós. 4) Para um confronto pessoal 5) Oração final
27 jun
27/06/2022    
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Mt 8,18-22 - Lucas 14, 25-33- As condições para alguém poder ser discípulo e discípula de Jesus  Lucas 14, 25-33- As condições para alguém poder [...]
28 jun
28/06/2022    
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(Mt 8, 23-27)- A TEMPESTADE ACALMADA – https://youtu.be/8_PBkJlHnh4 https://www.youtube.com/watch?v=8_PBkJlHnh4&feature=youtu.be- https://www.youtube.com/watch?v=8_PBkJlHnh4- (Mateus 14, 22-36)- A difícil e cansativa travessia do mar da Galiléia –  https://www.youtube.com/watch?v=RRHLLtjVhP8&t=105s- https://youtu.be/RRHLLtjVhP8 [...]
01 jul
01/07/2022    
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EVANGELHO DO DIA E HOMILIA – O AMANHECER DO EVANGELHO Sexta-feira da 13ª semana do Tempo Comum Evangelho (Mt 9,9-13): Ao passar, Jesus viu um homem [...]
01 jul
01/07/2022    
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Mt 9, 9-13 - São Mateus, Apóstolo e Evangelista – A Bíblia explicada em Capítulos e Versículos- – O Amanhecer do Evangelho – Reflexões e [...]
02 jul
02/07/2022    
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Mt 9, 14-17 – Vinho Novo em Odres Velhos – A Bíblia explicada em capítulos e versículos O Amanhecer do Evangelho Reflexões e ilustrações de Padre Lucas de Paula Almeida, CM Sexta-feira depois da Cinzas O VINHO NOVO DO EVANGELHO – VÍDEO LINDO DEMAIS DO PADRE LUCAS Mt 9, 14-17 – Vinho Novo em Odres Velhos – A Bíblia explicada em capítulos e versículos O Amanhecer do Evangelho Reflexões e ilustrações de Padre Lucas de Paula Almeida, CM Sexta-feira depois da Cinzas Mt 9, 14-17 – Vinho Novo em Odres Velhos – A Bíblia explicada em capítulos e versículos O Amanhecer do Evangelho Reflexões e ilustrações de Padre Lucas de Paula Almeida, CM Sexta-feira depois da Cinzas 1) Oração Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Mt 9, 14-17) Então os discípulos de João Batista chegaram perto de Jesus e perguntaram: 
 – Por que é que nós e os fariseus jejuamos muitas vezes, mas os discípulos do senhor não jejuam? Jesus respondeu: – Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar tristes enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!- Ninguém usa um retalho de pano novo para remendar uma roupa velha; pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha, aumentando o buraco. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Pelo contrário, o vinho novo é posto em odres novos, e assim não se perdem nem os odres nem o vinho.3) Reflexão * Mateus 9,14: A pergunta dos discípulos de João em torno da prática do jejum O jejum é um costume muito antigo, praticado por quase todas as religiões. O próprio Jesus o praticou durante quarenta dias (Mt 4,2). Mas ele não insiste com os discípulos para que façam o mesmo. Deixa a eles a liberdade. Por isso, os discípulos de João Batista e dos fariseus, que eram obrigados a jejuar, querem saber porque Jesus não insiste no jejum: “Nós e os fariseus fazemos jejum. Por que os teus discípulos não fazem jejum?”* Mateus 9,15: A resposta de Jesus Jesus responde com uma comparação em forma de pergunta: “Vocês acham que os amigos do noivo podem estar de luto, enquanto o noivo está com eles?” Jesus associa o jejum com luto, e ele se considera o noivo. Enquanto o noivo está com os amigos do noivo, isto é, durante a festa do casamento, estes não precisam jejuar. Durante o tempo em que ele, Jesus, estiver com os discípulos, é festa de casamento. Não precisam nem podem jejuar. Um dia, porém, o noivo vai ser tirado. Será um dia de luto. Aí, se quiserem,poderão jejuar. Jesus alude à sua morte. Sabe e sente que, se ele continuar neste caminho de liberdade, as autoridades vão querer matá-lo.* Mateus 9,16-17: Vinho novo em odre novo! Nestes dois versículos, o evangelho de Mateus traz duas sentenças soltas de Jesus sobre o remendo novo em pano velho e sobre o vinho novo em odre novo. Estas palavras jogam uma luz sobre as discussões e conflitos de Jesus com as autoridades religiosas da época. Não se coloca remendo de pano novo em roupa velha. Na hora de lavar, o remendo novo repuxa o vestido velho e o estraga mais ainda. Ninguém coloca vinho novo em odre velho porque o vinho novo pela fermentação faz estourar o odre velho. Vinho novo em odre novo! A religião defendida pelas autoridades religiosas era como roupa velha, como odre velho. Tanto os discípulos de João como os fariseus, os dois procuravam renovar a religião. Na realidade, porém, faziam apenas remendos e, por isso, corriam o perigo de comprometer e estragar tanto a novidade deles como os costumes antigos. Não se deve querer combinar o novo que Jesus trouxe com os costumes antigos. Ou um, ou outro! O vinho novo que Jesus trouxe faz estourar o odre velho. Tem que saber separar as coisas.Muito provavelmente, Mateus traz estas palavras de Jesus para orientar as comunidades dos anos 80. Havia um grupo de judeu-cristãos que queriam reduzir a novidade de Jesus ao tamanho do judaísmo de antes da vinda de Jesus. Jesus não é contra o que é “velho”. O que Ele não quer é que o velho não se imponha ao novo e, assim o impeça de manifestar-se. Não se pode reler o Vaticano II com mentalidade pré-conciliar, como alguns procuram fazer hoje. 4) Para um confronto pessoal Quais os conflitos em torno de práticas religiosas que, hoje, trazem sofrimento para as pessoas e são motivo de muita discussão e polêmica? Qual a imagem de Deus que está por trás de todos estes preconceitos, normas e proibições? Como entender a frase de Jesus: “Não colocar remendo de pano novo em roupa 5) Oração final Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz pra o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração. (Sl 84, 9)
03 jul
03/07/2022    
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(Mt 16,13-19) - A comunidade de fé - Tu és Pedro e eu te darei as chaves do reino dos Céus - https://www.youtube.com/watch?v=A9qYyuT9JP0&ab_channel=CNBBPadreLucas EVANGELHO DO DIA [...]
05 jul
05/07/2022    
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Mt 9,32-38 - A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos - Pe. Lucas https://www.youtube.com/watch?v=h2Pakl0fdBY&t=6s PADRE LUCAS - NA ESCOLA DA VIRGEM MARIA https://www.youtube.com/watch?v=P0KlD4mZakI [...]
06 jul
06/07/2022    
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Mt 9, 9-13 – São Mateus, Apóstolo e Evangelista – A Bíblia explicada em Capítulos e Versículos- – O Amanhecer do Evangelho – Reflexões e ilustrações de Pe. Lucas de Paula Almeida, CM São Mateus, Apóstolo e Evangelista 21 de Setembro – São Mateus, Apóstolo e Evangelista 1) Oração Ó Deus, que na vossa inesgotável misericórdia escolhestes o publicano Mateus para torná-lo apóstolo, dai-nos, por sua oração e exemplo, a graça de vos seguir e permanecer sempre convosco. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Mt 9, 9-13) Naquele tempo, 9Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse: “Siga-me!” Ele se levantou, e seguiu a Jesus.
10Estando Jesus à mesa em casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e pecadores foram e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos.
11Alguns fariseus viram isso, e perguntaram aos discípulos: “Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?”
12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes.
13Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos, e sim pecadores.”3) Reflexão* Mateus 9,9: O chamado para seguir Jesus. As primeiras pessoas chamadas para seguir Jesus eram quatro pescadores, todos judeus (Mt 4,18-22). Agora, Jesus chama um publicano, considerado pecador e tratado como impuro pelas comunidades mais observantes dos fariseus. Nos outros evangelhos, este publicano se chama Levi. Aqui, o nome dele é Mateus que significa dom de Deus ou dado por Deus. As comunidades, em vez de excluir o publicano como impuro, devem considerá-lo como um Dom de Deus para a comunidade, pois a presença dele faz com que a comunidade se torne sinal de salvação para todos! Como os primeiros quatro chamados, assim o publicano Mateus larga tudo que tem e segue Jesus. O seguimento de Jesus exige ruptura. Mateus largou a coletoria, sua fonte de renda, e foi atrás de Jesus!* Mateus 9,10: Jesus senta à mesa junto com pecadores e publicanos Naquele tempo, os judeus viviam separados dos pagãos e dos pecadores e não comiam com eles na mesma mesa. Os judeus cristãos deviam romper este isolamento e criar comunhão de mesa com os pagãos e os impuros. Foi isto que Jesus ensinou no Sermão da Montanha como sendo uma expressão do amor universal de Deus Pai. (Mt 5,44-48). A missão das comunidades era oferecer um lugar aos que não tinham lugar. Mas esta nova lei não era aceita por todos. Em algumas comunidades, as pessoas vindas do paganismo, mesmo sendo cristãs, não eram aceitas na mesma mesa (cf. At 10,28; 11,3; Gal 2,12). O texto do evangelho de hoje mostra como Jesus comia com publicanos e pecadores na mesma casa e na mesma mesa.* Mateus 9,11: A pergunta dos fariseus Para os judeus era proibida a comunhão de mesa com publicanos e pagãos, mas Jesus nem liga. Ele até faz uma confraternização com eles. Os fariseus, vendo a atitude de Jesus, perguntam aos discípulos: “Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?” Esta pergunta pode ser interpretada como expressão do desejo deles de quererem saber por que Jesus agia assim. Outros interpretam a pergunta como crítica deles ao comportamento de Jesus, pois durante mais de quinhentos anos, desde os tempos do cativeiro na Babilônia até à época de Jesus, os judeus tinham observado as leis da pureza. Esta observância secular tornou-se para eles um forte sinal identidade. Ao mesmo tempo, era fator de sua separação no meio dos outros povos. Assim, por causa das leis da pureza, não podiam nem conseguiam sentar na mesma mesa para comer com pagãos. Comer com pagãos significava contaminar-se, tornar-se impuro. Os preceitos da pureza legal eram rigorosamente observados, tanto na Palestina como nas comunidades judaicas da Diáspora. Na época de Jesus, havia mais de quinhentos preceitos para preservar a pureza. Nos anos setenta, época em que Mateus escreve, este conflito era muito atual.* Mateus 9,12-13: Eu quero misericórdia e não sacrifício * Jesus ouviu a pergunta dos fariseus aos discípulos e responde com dois esclarecimentos. O primeiro é tirado do bom senso:“As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes”. O outro é tirado da Bíblia: “Aprendam, pois, o que significa: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício”. Por meio destes dois esclarecimentos Jesus explicita e esclarece a sua missão junto ao povo: “Eu não vim para chamar os justos, e sim os pecadores”. Jesus nega a crítica dos fariseus, nem aceita os argumentos deles, pois nasciam de uma idéia falsa da Lei de Deus. Ele mesmo invoca a Bíblia: “Eu quero misericórdia e não sacrifício!” Para Jesus a misericórdia é mais importante que a pureza legal. Ele apela para a tradição profética para dizer que a misericórdia vale mais para Deus do que os todos sacrifícios (Os 6,6; Is 1,10-17). Deus tem entranhas de misericórdia, que se comovem diante das faltas do seu povo (Os 11,8-9).4) Para um confronto pessoal Hoje, na nossa sociedade, quem é o marginalizado e o excluído? Por que? Na nossa comunidade temos preconceitos? Quais? Qual o desafio que as palavras de Jesus colocam para a nossa comunidade hoje? Jesus manda o povo ler e entender o Antigo Testamento que diz: “Quero misericórdia e não sacrifício”. O que Jesus quer com isto para nós hoje? 5) Oração final (Sl 18/19a) Seu som ressoa e se espalha em toda a terra. Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite essa mensagem, a noite à noite publica essa notícia. Seu som ressoa e se espalha em toda a terra. Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz. Seu som ressoa e se espalha em toda a terra. O AMANHECER DO EVANGELHO EVANGELHO DO DIA E HOMILIA REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CMSexta-feira da 25ª Semana do Tempo Comum FESTA DE SÃO MATEUS 1) Oração Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Mt 9, 9-13) 9 Saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse: “Siga-me!” Ele se levantou, e seguiu a Jesus. 10 Estando Jesus à mesa em casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e pecadores foram e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11 Alguns fariseus viram isso, e perguntaram aos discípulos: “Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?” 12 Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes. 13 Aprendam, pois, o que significa: ‘Eu quero a misericórdia e não o sacrifício’. Porque eu não vim para chamar justos, e sim pecadores.”3) Reflexão * O Sermão da Montanha ocupou os capítulos 5 a 7 do evangelho de Mateus. A parte narrativa dos capítulos 8 e 9, tem como finalidade mostrar como Jesus praticava o que acabava de ensinar. No Sermão da Montanha, ele ensinou o acolhimento (Mt 5,23-25.38-42.43). Agora, ele mesmo o pratica acolhendo leprosos (Mt 8,1-4), estrangeiros (Mt 8,5-13), mulheres (Mt 8,14-15), doentes (Mt 8,16-17), endemoninhados (Mt 8,28-34), paralíticos (Mt 9,1-8), publicanos (Mt 9,9-13), pessoas impuras (Mt 9,20-22), etc. Jesus rompe com as normas e costumes que excluíam e dividiam as pessoas, isto é, o medo e a falta de fé (Mt 8,23-27) e as leis da pureza (9,14-17), e não faz segredo das exigências para os que querem segui-lo. Eles terão que ter a coragem de largar muita coisa (Mt 8,18-22). Assim, nas atitudes e na prática de Jesus, aparece em que consistem o Reino e a observância perfeita da Lei de Deus.* Mateus 9,9: O chamado para seguir Jesus. As primeiras pessoas chamadas para seguir Jesus eram quatro pescadores, todos judeus (Mt 4,18-22). Agora, Jesus chama um publicano, considerado pecador e tratado como impuro pelas comunidades mais observantes dos fariseus. Nos outros evangelhos, este publicano se chama Levi. Aqui, o nome dele é Mateus que significa dom de Deus ou dado por Deus. As comunidades, em vez de excluir o publicano como impuro, devem considerá-lo como um Dom de Deus para a comunidade, pois a presença dele faz com que a comunidade se torne sinal de salvação para todos! Como os primeiros quatro chamados, assim o publicano Mateus larga tudo que tem e segue Jesus. O seguimento de Jesus exige ruptura. Mateus largou a coletoria, sua fonte de renda, e foi atrás de Jesus!* Mateus 9,10: Jesus senta à mesa junto com pecadores e publicanos Naquele tempo, os judeus viviam separados dos pagãos e dos pecadores e não comiam com eles na mesma mesa. Os judeus cristãos deviam romper este isolamento e criar comunhão de mesa com os pagãos e os impuros. Foi isto que Jesus ensinou no Sermão da Montanha como sendo uma expressão do amor universal de Deus Pai. (Mt 5,44-48). A missão das comunidades era oferecer um lugar aos que não tinham lugar. Mas esta nova lei não era aceita por todos. Em algumas comunidades, as pessoas vindas do paganismo, mesmo sendo cristãs, não eram aceitas na mesma mesa (cf. At 10,28; 11,3; Gal 2,12). O texto do evangelho de hoje mostra como Jesus comia com publicanos e pecadores na mesma casa e na mesma mesa.* Mateus 9,11: A pergunta dos fariseus Para os judeus era proibida a comunhão de mesa com publicanos e pagãos, mas Jesus nem liga. Ele até faz uma confraternização com eles. Os fariseus, vendo a atitude de Jesus, perguntam aos discípulos: “Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?” Esta pergunta pode ser interpretada como expressão do desejo deles de quererem saber por que Jesus agia assim. Outros interpretam a pergunta como crítica deles ao comportamento de Jesus, pois durante mais de quinhentos anos, desde os tempos do cativeiro na Babilônia até à época de Jesus, os judeus tinham observado as leis da pureza. Esta observância secular tornou-se para eles um forte sinal identidade. Ao mesmo tempo, era fator de sua separação no meio dos outros povos. Assim, por causa das leis da pureza, não podiam nem conseguiam sentar na mesma mesa para comer com pagãos. Comer com pagãos significava contaminar-se, tornar-se impuro. Os preceitos da pureza legal eram rigorosamente observados, tanto na Palestina como nas comunidades judaicas da Diáspora. Na época de Jesus, havia mais de quinhentos preceitos para preservar a pureza. Nos anos setenta, época em que Mateus escreve, este conflito era muito atual.* Mateus 9,12-13: Eu quero misericórdia e não sacrifício * Jesus ouviu a pergunta dos fariseus aos discípulos e responde com dois esclarecimentos. O primeiro é tirado do bom senso: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes”.O outro é tirado da Bíblia: “Aprendam, pois, o que significa: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício”. Por meio destes dois esclarecimentos Jesus explicita e esclarece a sua missão junto ao povo: “Eu não vim para chamar os justos, e sim os pecadores”. Jesus nega a crítica dos fariseus, nem aceita os argumentos deles, pois nasciam de uma idéia falsa da Lei de Deus. Ele mesmo invoca a Bíblia: “Eu quero misericórdia e não sacrifício!” Para Jesus a misericórdia é mais importante que a pureza legal. Ele apela para a tradição profética para dizer que a misericórdia vale mais para Deus do que os todos sacrifícios (Os 6,6; Is 1,10-17). Deus tem entranhas de misericórdia, que se comovem diante das faltas do seu povo (Os 11,8-9).4) Para um confronto pessoal Hoje, na nossa sociedade, quem é o marginalizado e o excluído? Por que? Na nossa comunidade temos preconceitos? Quais? Qual o desafio que as palavras de Jesus colocam para a nossa comunidade hoje? Jesus manda o povo ler e entender o Antigo Testamento que diz: “Quero misericórdia e não sacrifício”. O que Jesus quer com isto para nós hoje? 5) Oração final Feliz o homem que observa os seus preceitos, e de todo o coração procura a Deus! De todo o coração eu vos procuro, não deixeis que eu abandone a vossa lei! (Sal 118, 2.10)
06 jul
06/07/2022    
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Pe. Lucas - Nome dos 12 discípulos - Mt 10, 1-7 QUAIS OS NOMES DOS 12 APÓSTOLOS - Evangelho de hoje descreve a escolha e [...]
07 jul
07/07/2022    
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Pe. Lucas - Recebestes de Graça, de Graça Dai! - Mt 10, 7-15 https://www.youtube.com/watch?v=ZazuJ6T_FDg&feature=youtu.be O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE [...]
08 jul
08/07/2022    
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Pe. Lucas - Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos - Mt 10, 16-23 https://www.youtube.com/watch?v=eg_JTI95XUY&feature=youtu.be O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE [...]
08 jul
08/07/2022    
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Pe. Lucas – Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos – Mt 10, 16-23 O AMANHECER DO EVANGELHO 1) Oração Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Mt 10, 16-23) Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus – Naquele tempo, Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas. Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas suas sinagogas. Sereis por minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos.Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer. Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo. Se vos perseguirem numa cidade, fugi para uma outra. Em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que volte o Filho do Homem. – Palavra da salvação.3) Reflexão * Após as recomendações para a missão dos Doze, Jesus adverte-os sobre as tribulações que encontrarão. Mateus, no seu texto, reúne ditos de Jesus, veiculados nas comunidades, alguns incluídos no discurso escatológico (cap. 24).* Os discípulos devem ser prudentes no confronto com os adversários. Não se trata de derrotá-los, mas de dar testemunho de fé, na simplicidade. O adversário reagirá com diversas formas de violência.* Até no seio da família haverá conflitos. Mas o Espírito Santo iluminará os discípulos e lhes dará forças para perseverarem. Hoje, no Ocidente globalizado, vive-se a paz social da submissão ao poder econômico. Contudo, são várias as experiências de libertação vivenciadas nos movimentos populares e de trabalhadores.* Ao recomendar prudência e simplicidade aos seus apóstolos, Jesus colocava-os diante da dureza da missão. Seria injusto enganá-los, e fazê-los correr o risco de se decepcionarem, ao se darem conta das conseqüências da tarefa recebida. Eles deviam ser realistas, sem nutrir falsas esperanças a respeito do futuro.* A virtude da prudência ser-lhes-ia necessária para enfrentarem a malícia e a violência dos adversários. Ao serem entregues aos tribunais, castigados nas sinagogas, levados diante de reis e governadores, odiados e perseguidos, não deveriam ser ingênuos, nem se intimidar, perdendo a chance de dar testemunho diante deles. A prudência, portanto, iria requerer outras virtudes: coragem, intrepidez, confiança, perseverança etc. * A simplicidade faria o discípulo desmascarar a arrogância inútil de seus carrascos, como também daqueles que se julgavam senhores da vida e da morte dos demais, acreditando-se detentores de um poder ilimitado. A simplicidade também se desdobraria em outras virtudes: transparência, mansidão, paz, consciência serena, convicção de estar agindo de maneira correta etc.* Sendo prudente e simples, o discípulo dá mostras de que o Reino produziu frutos em seu coração.4) Para um confronto pessoal Sou prudente e simples, dando mostras de que o Reino produziu frutos em seu coração? Consigo combater a arrogância inútil, ainda presente em meus atos? 5) Oração final Feliz quem teme o Senhor e muito se alegra nos seus mandamentos. Poderosa sobre a terra será sua descendência, a posteridade dos justos será abençoada. (Sl 111, 1-2)
09 jul
09/07/2022    
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Pe. Lucas - O discípulo não é mais que o mestre - Mt 10, 24-33 https://www.youtube.com/watch?v=LZnS-sxfo2s&feature=youtu.be O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. [...]
11 jul
11/07/2022    
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Mt 10, 34-11,1 - Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim – https://youtu.be/Qi4TjbWpUVM https://youtu.be/Qi4TjbWpUVM A Bíblia explicada em Capítulos [...]
12 jul
12/07/2022    
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Pe. Lucas – Ai de ti, Corozaim! ai de ti, Betsaida! – Mt 11, 20-24 O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM Terça-feira da 15ª Semana do Tempo Comum 1) Oração Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé, rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 2) Leitura do Evangelho (Mt 11, 20-24) Depois Jesus começou a censurar as cidades, onde tinha feito grande número de seus milagres, por terem recusado arrepender-se: Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza. Por isso vos digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós! E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia. Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti! 3) Reflexão Mateus 11,20-24 (Lc 10,13-15) * O Sermão da Missão ocupou o capítulo 10. Os capítulos 11 e 12 vão descrever como Jesus realizava a Missão. Ao longo destes dois capítulos, aparecem as adesões, as dúvidas e as recusas que a ação evangelizadora de Jesus ia provocando. João Batista, que olhava Jesus com os olhos do passado, não conseguia entendê-lo (Mt 11,1-15). O povo, que olhava para Jesus com finalidade interesseira, não foi capaz de entendê-lo (Mt 11,16-19). As grandes cidades ao redor do lago, que ouviram a pregação de Jesus e viram seus milagres, não quiseram abrir-se para a sua mensagem (é o texto do evangelho de hoje) (Mt 11,20-24). Os sábios e doutores, que apreciavam tudo a partir da sua própria ciência, não foram capazes de entender a pregação de Jesus (Mt 11,25). Os fariseus que confiavam só na observância da lei, criticavam Jesus (Mt 12,1-8) e decidiram matá-lo (Mt 12,9-14). Diziam que Jesus agia em nome de Beelzebu (Mt 12,22-37). Queriam dele uma prova para poder crer nele (Mt 12,38-45). Nem os parentes apoiavam Jesus (Mt 12,46-50). Só os pequenos e o povo doente o entendiam e aceitavam a Boa Nova do Reino (Mt 11,25-30). Iam atrás dele (Mt 12,15-16) e viam nele o Servo anunciado por Isaías (Mt 12,17-21). * Esta maneira de descrever a ação missionária de Jesus era uma advertência clara para os discípulos e discípulas que andavam com Jesus pela Galiléia. Não podiam esperar muita recompensa nem elogio pelo fato de serem missionários de Jesus. A advertência vale também para nós que hoje lemos e meditamos este mesmo Sermão da Missão, pois os evangelhos são escritos envolventes. Eles nos convidam a confrontar nossa atitude frente a Jesus com a atitude das personagens que aparecem no evangelho e a nos perguntar se somos como João Batista (Mt 11,1-15), como o povo interesseiro (Mt 11,16-19), como as cidades incrédulas (Mt 11,20-24), como os doutores que pensavam saber tudo e não entendiam nada (Mt 11,25), como os fariseus que só sabiam criticar (Mt 12,1-45) ou como o povo pequeno que andava à procura de Jesus (Mt 12,15) e que, com a sua sabedoria, soube entender e aceitar a mensagem do Reino(Mt 11,25-30). * Mateus 11,20: A palavra contra as cidades que não o receberam. O espaço por onde Jesus andou durante aqueles três anos da sua vida missionária era pequeno. Abrangia uns poucos quilômetros quadrados ao longo do Mar da Galiléia em torno das cidades Cafarnaum, Betsaida e Corazain. Só! Ora, foi neste espaço tão pequeno que Jesus realizou a maior parte dos seus discursos e milagres. Ele veio salvar a humanidade inteira, e quase não saiu do limitado espaço da sua terra. Tragicamente, Jesus teve que constatar que o povo daquelas cidades não quis aceitar a mensagem do Reino e não se converteu. As cidades se fixaram na rigidez das suas crenças, tradições e costumes e não aceitaram o convite de Jesus mudar de vida. * Mateus 11,21-24: Corazain, Betsaida e Cafarnaum são piores que Tiro, Sidônia e Sodoma. No passado, Tiro e Sidônia, inimigos ferrenhos de Israel, maltrataram o povo de Deus. Por isso, foram amaldiçoadas pelos profetas (Is 23,1; Jr 25,22; 47,4; Ez 26,3; 27,2; 28,2; Jl 4,4; Am 1,10). E agora, Jesus diz que estas cidades, símbolos de toda a malvadeza, já teriam feito conversão se nelas tivessem acontecido tantos milagres como em Corazain e Betsaida. A cidade de Sodoma, símbolo da pior perversão, foi destruída pela ira de Deus (Gn 18,16 a 19,29). E agora, Jesus diz que Sodoma existiria até hoje, pois teria feito a conversão se tivesse visto os milagres que Jesus fez em Cafarnaum. Hoje continua o mesmo paradoxo. Muitos de nós, que somos católicos desde criança, temos tantas convicções consolidadas, que ninguém é capaz de nos converter. E em alguns lugares, o cristianismo, em vez de ser fonte de mudança e de conversão, tornou-se o reduto das forças mais reacionárias da política do país. 4) Para um confronto pessoal Como me coloco diante da Boa Nova de Jesus: como João Batista, como o povo interesseiro, como os doutores, como os fariseus ou como o povo pequeno e pobre? Minha cidade e meu país merecem a advertência de Jesus contra Cafarnaum, Corazaim e Betsaida? 5) Oração final Grande é o Senhor e digno de todo louvor, na cidade de nosso Deus. O seu monte santo, colina magnífica, é uma alegria para toda a
13 jul
13/07/2022    
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Pe. Lucas - Deus se revela aos humildes - Mt 11,25-30; https://www.youtube.com/watch?v=k3cXp0p1n2s O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, [...]
14 jul
14/07/2022    
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 (Mt 11,28-30) - O evangelho de hoje tem apenas três versículos: Eu sou manso e humilde de coração- https://youtu.be/lLzqg3vqw-4 A Bíblia explicada em Capítulos e [...]
15 jul
15/07/2022    
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                      Pe. Lucas - Conflitos entre Jesus e as autoridades religiosas: Jejum,Pureza,Observância do Sábado    [...]
16 jul
16/07/2022    
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APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA - Mt 12,46-50 - https://www.youtube.com/watch?v=7QIg0Bbundw&t=35s&ab_channel=CNBBPadreLucas O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM Terça-feira da XVIª [...]
17 jul
17/07/2022    
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Lucas 10,38-42 – Marta e Maria, as duas irmãs de Lázaro – Bíblia explicada em capítulos e versículos – O Amanhecer do Evangelho – Reflexões [...]
18 jul
18/07/2022    
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Pe. Lucas – Esta geração adúltera e perversa pede um sinal – Mt 12,38-42 O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM Segunda-feira da 16ª Semana do Tempo Comum1) Oração Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Mateus 12,38-42) Então alguns escribas e fariseus tomaram a palavra: Mestre, quiséramos ver-te fazer um milagre. Respondeu-lhes Jesus: Esta geração adúltera e perversa pede um sinal, mas não lhe será dado outro sinal do que aquele do profeta Jonas: do mesmo modo que Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe, assim o Filho do Homem ficará três dias e três noites no seio da terra. No dia do juízo, os ninivitas se levantarão com esta raça e a condenarão, porque fizeram penitência à voz de Jonas. Ora, aqui está quem é mais do que Jonas. No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará com esta raça e a condenará, porque veio das extremidades da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Ora, aqui está quem é mais do que Salomão.3) Reflexão Mateus 12,38-42 * O evangelho de hoje traz mais uma discussão entre Jesus e as autoridades religiosas da época. Desta vez são os doutores da lei e os fariseus que pedem que Jesus faça um sinal para eles. Jesus já tinha realizado muitos sinais: curou o leproso (Mt 8,1-4), curou o empregado do centurião (Mt 8,5-13), a sogra de Pedro (Mt 8,14-15), os doentes e possessos da cidade (Mt 8,16), acalmou a tempestade (Mt 8,23-27), expulsou os demônios (Mt 8,28-34) e tantos outros milagres. O povo, vendo os sinais reconheceu em Jesus o Servo de Javé (Mt 8,17; 12,17-21). Mas os doutores e os fariseus não foram capazes de perceber o significado de tantos sinais que Jesus já tinha realizado. Eles queriam algo diferente.* Mateus 12,38: O pedido de doutores e fariseus por um sinal. Os fariseus chegam e dizem a Jesus: “Mestre, queremos ver um sinal realizado por ti”.Querem que Jesus realize para eles um sinal, um milagre, para que eles possam examinar e verificar se Jesus é ou não o enviado por Deus conforme eles o imaginavam e esperavam. Querem prová-lo. Querem que se Jesus se submeta aos critérios deles, para que possam enquadrá-lo dentro do esquema do messianismo deles. Não há neles abertura para uma possível conversão. Não tinham entendido nada de tudo que Jesus tinha feito.* Mateus 12,39: A resposta de Jesus: o sinal de Jonas. Jesus não se submete ao pedido das autoridades religiosas, pois não há sinceridade no pedido deles. “Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas”. Estas palavras proferem um julgamento muito forte a respeito dos doutores e fariseus. Elas evocam o oráculo de Oséias que denunciava o povo como esposa infiel e adúltera (Os 2,4). O evangelho de Marcos diz que Jesus, diante do pedido dos fariseus, soltou um profundo suspiro (Mc 8,12), provavelmente de desgosto e de tristeza diante de tão grande cegueira. Pois não adianta mostrar uma pintura bonita a quem não quer abrir os olhos. Quem fecha os olhos não pode ver! O único sinal que lhe será dado é o sinal de Jonas.* Mateus 12,41: Aqui está mais do que Jonas. Jesus aponta para o futuro: “Assim como Jonas passou três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem passará três dias e três noites no seio da terra”. Ou seja, o único sinal será a ressurreição de Jesus que se prolongará na ressurreição de seus seguidores. Este é o sinal que, futuramente, vai ser dado aos doutores e fariseus. Eles serão confrontados com o fato de que Jesus, por eles condenado à morte de cruz, será ressuscitado por Deus e continuará ressuscitando de muitas maneiras naqueles que nele acreditarem, por exemplo, ele ressuscitará no testemunho dos apóstolos “pessoas iletradas” que terão a coragem de enfrentar as autoridades anunciando a ressurreição de Jesus (At 4,13). O que converte é o testemunho! Não os milagres. “No dia do julgamento, os homens da cidade de Nínive ficarão de pé contra esta geração, e a condenarão. Porque eles fizeram penitência quando ouviram Jonas pregar”. O povo de Nínive se converteu diante do testemunho da pregação de Jonas e vai denunciar a incredulidade dos doutores e dos fariseus. Pois “aqui está quem é maior do que Jonas”.* Mateus 12,42: Aqui está mais do que Salomão. A alusão à conversão do povo de Nínive associou e fez lembrar o episódio da Rainha de Sabá: “No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará contra esta geração, e a condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão”. Esta evocação quase ocasional do episódio da Rainha de Sabá que reconheceu a sabedoria de Salomão, mostra como se usava a Bíblia naquele tempo. Era por associação. A regra principal da interpretação era esta: “A Bíblia se explica pela Bíblia”. Até hoje, esta é uma das normas mais importantes para a interpretação da Bíblia, sobretudo para a Leitura Orante da Palavra de Deus.4) Para um confronto pessoal Converter-se é mudar não só de comportamento moral, mas também de idéias e de modo de pensar. Moralista é quem muda de comportamento, mas mantém seu modo de pensar inalterável. E eu, quem sou? 2. Diante da atual renovação da Igreja, sou fariseu que pede mais um sinal ou sou como o povo que reconhece que este é o caminho que Deus quer?5) Oração final Porque vossa graça me é mais preciosa do que a vida, meus lábios entoarão vossos louvores. Assim vos bendirei em toda a minha vida, com minhas mãos erguidas vosso nome adorarei. (Sl 62, 4-5)
19 jul
19/07/2022    
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     Mt 12,45-50 - COMO ERA A FAMÍLIA DE JESUS ? JESUS TEVE MAIS IRMÃOS? OS IRMÃOS DE JESUS A Bíblia Explicada em Capítulos [...]
20 jul
20/07/2022    
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Saiu o semeador a semear a sua semente https://www.youtube.com/watch?v=4wWcTpdViMg&t=916s&ab_channel=CNBBPadreLucas * No evangelho de hoje, vamos meditar sobre a parábola da semente. Jesus tinha um jeito bem popular de ensinar por meio de parábolas. Uma parábola é uma comparação que usa as coisas conhecidas e visíveis da vida para explicar as coisas invisíveis e desconhecidas do Reino de Deus.Jesus tinha uma capacidade muito grande de encontrar imagens bem simples para comparar as coisas de Deus com as coisas da vida que o povo conhecia e experimentava na sua luta diária pela sobrevivência. Isto supõe duas coisas: estar por dentro das coisas da vida, e estar por dentro das coisas de Deus, do Reino de Deus. Por exemplo, o povo da Galiléia entendia de semente, de terreno, chuva, sol, sal, flores, colheita, pescaria, etc. Ora, são exatamente estas coisas conhecidas do povo que Jesus usa nas parábolas para explicar o mistério do Reino. O agricultor que escutou, diz: “Semente no terreno, eu sei o que é! Jesus diz que isso tem a ver com o Reino de Deus. O que seria?” E aí você pode imaginar as longas conversas do povo! A parábola mexe com o povo e leva a escutar a natureza e a pensar na vida.* Quando terminava de contar uma parábola, Jesus não a explicava, mas costumava dizer: “Quem tem ouvidos para ouvir ouça!” O que significava: “É isso! Vocês ouviram. Agora, tratem de entender!” De vez em quando, ele explicava para os discípulos. O povo gostava desse jeito de ensinar, porque Jesus acreditava na capacidade do pessoal de descobrir o sentido das parábolas. A experiência que o povo tinha da vida era para ele um meio para descobrir a presença do mistério de Deus em suas vidas e criar coragem para não desanimar na caminhada.* Lucas 8,4: A multidão atrás de Jesus Lucas diz: Ajuntou-se uma grande multidão, e de todas as cidades as pessoas iam até Jesus. Então ele contou esta parábola. Marcos descreve como Jesus contou a parábola. Havia tanta gente que ele, para não ser atropelado, entrou num barco e sentado no barco ensinava o povo que estava na praia (Mc 4,1).* Lucas 8,5-8a: A parábola da semente retrata a vida do camponês. Naquele tempo, não era fácil viver da agricultura. O terreno tinha muita pedra. Muito mato. Pouca chuva, muito sol. Além disso, muitas vezes, o povo encurtava estrada e, passando no meio do campo, pisava nas plantas (Mc 2,23). Mesmo assim, apesar de tudo isso, todo ano, o agricultor semeava e plantava, confiando na força da semente, na generosidade da natureza.* Lucas 8,8b: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! No fim, Jesus termina dizendo: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” O caminho para chegar ao entendimento da parábola é a busca: “Tratem de entender!” A parábola não entrega tudo pronto, mas leva a pessoa a pensar. Faz com que ela descubra a mensagem a partir da experiência que ela mesma tem da semente. Provoca a criatividade e a participação. Não é uma doutrina que já vem pronta para ser ensinada e decorada. A Parábola não dá água engarrafada, mas entrega a fonte.* Lucas 8,9-10: Jesus explica a parábola aos discípulos Em casa, a sós com Jesus, os discípulos querem saber o significado da parábola. Jesus respondeu por meio de uma frase difícil e misteriosa. Ele diz aos discípulos: “A vocês foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas, aos outros ele vem por meio de parábolas, para que olhando não vejam, e ouvindo não compreendam”.Esta frase faz a gente se perguntar: Afinal, a parábola serve para que? Para esclarecer ou para esconder? Será que Jesus usava parábolas, para que o povo continuasse na ignorância e não chegasse a se converter? Certamente que não! Pois em outro lugar se diz que Jesus usava parábolas “conforme a capacidade dos ouvintes” (Mc 4,33). Parábola revela e esconde ao mesmo tempo! Revela para “os de dentro”, que aceitam Jesus como Messias Servidor. Esconde para os que insistem em ver nele o Messias como Rei grandioso. Estes entendem as imagens da parábola, mas não chegam a entender o seu significado.* Lucas 8,11-15: A explicação da parábola, parte por parte Uma por uma, Jesus explica as partes da parábola, desde a semente e o terreno até à colheita.Alguns estudiosos acham que esta explicação foi acrescentada depois. Não seria de Jesus, mas de alguma comunidade. É bem possível. Tanto faz! Pois dentro do botão da parábola está a flor da explicação. Botão e flor, ambos têm a mesma origem que é Jesus. Por isso, nós também podemos continuar a reflexão e descobrir outras coisas bonitas dentro da parábola.
23 jul
23/07/2022    
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(Mt 13,24-30) – EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA DO JOIO E DO TRIGO – https://www.youtube.com/watch?v=0YnA9KvFUFg A Bíblia explicada em capítulos e versículos- O Amanhecer do Evangelho- Reflexões, [...]
24 jul
24/07/2022    
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Mateus 6, 7-15 - PAI NOSSO - O MESTRE NOS ENSINA A REZAR - Mateus 6, 7-15 - PAI NOSSO - Pe. Lucas https://youtu.be/FBfL8_NzQ_I O [...]
26 jul
26/07/2022    
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Pe. Lucas - Mateus 13,16-17- Festa de São Joaquim e Sant-Ana- O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM [...]
28 jul
28/07/2022    
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Pe. Lucas - A história da rede lançada ao mar. Mateus 13,47-53- https://www.youtube.com/watch?v=m30wxx3uBwc&feature=youtu.be O AMANHECER DO EVANGELHO                 [...]
29 jul
29/07/2022    
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EVANGELHO E HOMILIA DO DIA O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM CURTA OS VÍDEOS: JESUS É O [...]
30 jul
30/07/2022    
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Marcos 6,17-29 O  Martírio de João Batista https://www.youtube.com/watch?v=HDqhwBayha8 A Bíblia explicada em capítulos e versículos O Amanhecer do Evangelho Reflexões e Ilustrações de Pe. Lucas [...]
31 jul
31/07/2022    
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Lucas 12, 13-21- Um pedido para ser mediador na repartição de uma herança A Bíblia Explicada em Capítulos e Versículos O Amanhecer do Evangelho Reflexões e ilustrações de Pe. Lucas de Paula Almeida, CM Segunda-feira da 29ª Semana do Tempo Comum Resposta de Jesus à pessoa que lhe pediu para ser mediador na repartição de uma herança 1) Oração Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Lucas 12, 13-21) Disse-lhe então alguém do meio do povo: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Jesus respondeu-lhe: Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós? E disse então ao povo: Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas. E propôs-lhe esta parábola: Havia um homem rico cujos campos produziam muito. E ele refletia consigo: Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita. Disse então ele: Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens. E direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Deus, porém, lhe disse: Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem serão? Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus.3) Reflexão Lucas 12, 13-21 * O episódio narrado no evangelho de hoje só se encontra no Evangelho de Lucas e não tem paralelo nos outros evangelhos. Ele faz parte da longa descrição da viagem de Jesus, desde a Galiléia até Jerusalém (Lc 9,51 a 19,28), na qual Lucas colocou a maior parte das informações que ele conseguiu coletar a respeito de Jesus e que não se encontram nos outros três evangelhos (cf. Lc 1,2-3). O evangelho de hoje traz a resposta de Jesus à pessoa que lhe pediu para ser mediador na repartição de uma herança.* Lucas 12,13: Um pedido para repartir herança. “Do meio da multidão, alguém disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. Até hoje, a distribuição da herança entre os familiares sobreviventes é sempre uma questão delicada e, muitas vezes, ocasião de brigas e tensões sem fim.Naquele tempo, a herança tinha a ver também com a identidade das pessoas (1Rs 21,1-3) e com a sua sobrevivência (Nm 27,1-11; 36,1-12). O problema maior era a distribuição das terras entre os filhos do falecido pai.Sendo a família grande, havia o perigo de a herança se esfacelar em pequenos pedaços de terra que já não poderiam garantir a sobrevivência de todos. Por isso, para evitar o esfacelamento ou desintegração da herança e manter vivo o nome da família, o mais velho recebia o dobro dos outros filhos (Dt 21,17. cf. 2Rs 2,11).* Lucas 12,14-15: Resposta de Jesus: cuidado com a ganância. “Jesus respondeu: “Homem, quem foi que me encarregou de julgar ou dividir os bens entre vocês?” Na resposta de Jesus transparece a consciência que ele tinha da sua missão.Jesus não se sente enviado por Deus para atender ao pedido de arbitrar entre os parentes que brigam entre si por causa da repartição da herança. Mas o pedido do homem despertou nele a missão de orientar as pessoas, pois “ele falou a todos: Atenção! Tenham cuidado com qualquer tipo de ganância.Porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a sua vida não depende de seus bens”. Fazia parte da sua missão esclarecer as pessoas a respeito do sentido da vida. O valor de uma vida não consiste em ter muitas coisas mas sim em ser rico para Deus (Lc 12,21). Pois, quando a ganância toma conta do coração, não há como repartir a herança com equidade e paz.* Lucas 12,16-19: Parábola que faz pensar no sentido da vida. Em seguida, Jesus conta uma parábola para ajudar as pessoas a refletir sobre o sentido da vida: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. E o homem pensou: O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita”.O homem rico está totalmente fechado dentro da preocupação com os seus bens que aumentaram de repente por causa de uma colheita abundante. Ele só pensa em acumular para garantir-se uma vida despreocupada.Ele diz: “Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir outros maiores; e neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: meu caro, você possui um bom estoque, uma reserva para muitos anos; descanse, coma e beba, alegre-se!”* Lucas 12,20: Primeira conclusão da parábola. “Mas Deus lhe disse: Louco! Nesta mesma noite você vai ter que devolver a sua vida. E as coisas que você preparou, para quem vão ficar?”A morte é uma chave importante para redescobrir o sentido verdadeiro da vida. Ela relativiza tudo, pois mostra o que perece e o que permanece. Quem só busca o ter e esquece o ser perde tudo na hora da morte. Aqui transparece um pensamento muito freqüente nos livros sapienciais: para que acumular bens nesta vida, se você não sabe para quem vão ficar os bens que você acumulou, nem sabe o que vai fazer o herdeiro com aquilo que você deixou para ele (Ecl 2,12.18-19.21).* Lucas 12,21: Segunda conclusão da parábola. “Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para Deus”. Como tornar-se rico para Deus? Jesus deu várias sugestões e conselhos: quem quer ser o primeiro, seja o último (Mt20,27; Mc 9,35; 10,44); é melhor dar que receber (At 20,35); o maior é o menor (Mt 18,4; 23,11; Lc 9,48) preserva vida quem perde a vida (Mt 10,39; 16,25; Mc 8,35; Lc 9,24).4) Para um confronto pessoal O homem pediu a Jesus para ajudar na repartição da herança. E você, o que você pede a Deus nas suas orações? O consumismo cria necessidades e desperta em nós a ganância. Como você faz para não ser vítima da ganância provocado pelo consumismo? 5) Oração final Aclamai o Senhor, por toda a terra. Servi o Senhor com alegria. Vinde, entrai exultantes em sua presença. (Sl 99, 1-2)
01 ago
01/08/2022    
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Não faltou pão para ninguém – Mateus 14, 13-21- A Bíblia explicada em capítulos e versículos- O amanhecer do Evangelho- Reflexões, ilustrações e vídeos de [...]
02 ago
02/08/2022    
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A difícil e cansativa travessia do mar da Galiléia – (Mateus 14, 22-36) https://www.youtube.com/watch?v=RRHLLtjVhP8&t=105s https://www.youtube.com/watch?v=RRHLLtjVhP8&t=105s&ab_channel=CNBBPadreLucas Pe. Lucas – A TEMPESTADE ACALMADA – (Mt 8, 23-27)- [...]
03 ago
03/08/2022    
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“Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres.” (Mateus 15, 21-28) - O Amanhecer do Evangelho - A Bíblia explicada em Capítulos [...]
03 ago
03/08/2022    
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Pe. LUCAS ” MULHER, GRANDE É A TUA FÉ ” – (Mateus 15, 21-28) O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM ” MULHER, GRANDE É A TUA FÉ ”. “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres.” (Mateus 15, 21-28) Saindo daquele lugar, Jesus retirou-se para a região de Tiro e de Sidom.22Uma mulher cananeia, natural dali, veio a ele, gritando: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Minha filha está endemoninhada e está sofrendo muito”.23Mas Jesus não lhe respondeu palavra. Então seus discípulos se aproximaram dele e pediram: “Manda-a embora, pois vem gritando atrás de nós”.24Ele respondeu: “Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel”.25A mulher veio, adorou-o de joelhos e disse: “Senhor, ajuda-me!” 26Ele respondeu: “Não é certo tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. 27Disse ela, porém: “Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”. 28Jesus respondeu: “Mulher, grande é a sua fé! Seja conforme você deseja”. E, naquele mesmo instante, a sua filha foi curada.A Fenícia dos tempos de Jesus corresponde praticamente ao Líbano de hoje, marcado, entre outras, pelas cidades portuárias de Sur e Saída, que correspondem às antigas cidades de Tiro e Sídon. Era região de grande prosperidade, e lá habitavam os cananeus. Jesus andou também por lá, como se deduz de uma passagem de Mateus com paralelo em Marcos (Mt 15,21 e Mc 7,24). E, por isso mesmo os libaneses se comprazem em dizer que seu país faz parte da Terra Santa. Bem-aventurados os caminhos um dia percorridos pelos passos do Senhor!Justamente nessa terra aconteceu o episódio que a Igreja faz ler na liturgia da Palavra deste vigésimo domingo do Tempo Comum. É uma página muito viva, que parece, até, traduzir em termos bem rudes para nossos ouvidos ocidentais o que Jesus falou. Que, porém, se ilumina no fim com a grandeza da misericórdia e do poder taumatúrgico do Divino Mestre.O Evangelho conta que, estando Jesus numa casa, foi à sua procura uma mulher Cananéia, para pedir a cura de sua filha, uma menina que estava – segundo ela – sob o poder do demônio.E ela o pedia em gritos tão insistentes e angustiosos, que chegaram a impacientar os apóstolos, os quais pediram a Jesus que a atendesse logo, para que ela os deixasse em paz. O que a mulher pedia em gritos tão insistentes já denotava confusamente alguma fé: “Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! A minha filha está horrivelmente endemoninhada” (Mt 15,22).Jesus começou, recusando. Sua missão pessoal- embora a Igreja se devesse depois estender a todo o mundo – se restringia ao povo de Israel. Ela, porém, insistia: “Senhor, socorre-me!” (Ibid.,v25).Mas Jesus replicou: “Não fica bem tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorrinhos” (Ibid., v 26). A redação de Marcos é mais amenizada: “Deixa que primeiro os filhos se saciem; pois não é bom tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorrinhos” (Mc 7,27). Era uma aparentemente dura pedagogia, que visava, no entanto, fazer desabrocharem plenitude a fé que já se manifestava naquela pobre mulher.Ai veio a resposta da mulher, marcada por uma comovedora humildade, e por uma confiança que se poderia dizer audaciosa: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos comem debaixo da mesa a migalhas das crianças (Ibid., v 28). Foi quando a misericórdia e o poder de Jesus como que explodiram numa solene palavra de aprovação e de bênção: “mulher grande é a tua fé! Seja feito como queres” (Mt 15,28).E assim foi. Ela voltou para casa e encontrou a criança atirada tranquilamente sobre o leito. E seu nome, através das páginas do Evangelho, começou a percorrer o mundo, como um dos mais belos exemplos de fé inabalável.Diante desse fato, não é possível não lembrar o exemplo de Abraão. Deus lhe prometera que seria pai de uma imensa posteridade, mais numerosa do que as estrelas do céu e do que as areias das praias do mar. E, no entanto, um dia, inexplicavelmente, mandou que ele sacrificasse seu filho Isaac, no alto do Monte Moriá. E Abraão não duvidou em acolhera ordem de Deus. “Acreditou contra toda a esperança”, diz a carta aos romanos (Rm 4,18). Deus lhe deteve o braço na hora de consumar a imolação de seu herdeiro, e ele se tornou o pai de gerações sem conta.O segredo de nossa felicidade está em jamais duvidar da sabedoria e da bondade de Deus. Ainda que às vezes os caminhos se nos apresentem muito obscuros. Temos sempre que repetir aquela palavra que a sabedoria popular repete a cada momento: Deus sabe o que faz. Essa foi a atitude da mulher cananeia, diante da palavra aparentemente negativa de Jesus. Ela também acreditou contra toda a esperança. E assim devemos crer também. Mateus 15, 21-28 Pe. LUCAS ” MULHER, GRANDE É A TUA FÉ ” – (Mateus 15, 21-28) O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM“Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres.” (Mateus 15, 21-28)Mateus 15,21-28: O encontro de Jesus com a mulher siro-fenícia A situação retratada no texto de Mt 15,21-28 parece ser uma realidade de conflito nas comunidades daquele tempo, provocada por atitudes discriminatórias de judeus para com estrangeiros e para com mulheres. O relato fala do encontro de Jesus com uma mulher estrangeira.Naquela época, os estrangeiros significavam algo detestável no pensamento dominante em Israel. Apesar de as tradições ancestrais mostrarem a necessidade de oferecer proteção aos estrangeiros, o judaísmo hegemônico no pós-exílio os considerava impuros, bem como uma ameaça por serem desconhecedores da lei e perturbadores da tranquilidade de Israel. Reprovava seus costumes, suas tradições e seus ritos. Em Mt 15,21-28, Jesus rompe fronteiras e se aproxima do território de Tiro. A situação era muito tensa, pois Jesus se encontra junto a terras estranhas e, ali, o seu primeiro encontro é com uma cananéia, considerada duplamente impura por ser mulher e por ser estrangeira.O texto põe em evidência duas posições discordantes nas comunidades cristãs daqueles anos. Uma delas provém do mundo judeu e olha para as mulheres e os estrangeiros com atitude suspeita. A outra conduta é de quem procedia do mundo greco-romano e que tem uma visão mais aberta, com influência de mulheres e de estrangeiros, sendo-lhes mais favorável. É interessante que, na narrativa, Jesus aparece como homem judeu, representante do discurso e da mentalidade dominante de seu povo, dirigindo-se à terra da mulher siro-fenícia, terra de impuros para o pensamento preponderante no judaísmo. Segundo Mc 7,24, Jesus quer ocultar-se, manter-se fora do alcance das pessoas daquele lugar, talvez para manter sua pureza ritual. Mas, ele não consegue permanecer oculto, pois logo vem ao seu encontro uma mulher estrangeira, duplamente condenada pela mentalidade que ele representa. A primeira atitude de Jesus é a conduta e a mentalidade excludente de judeus que não atendem e não se sensibilizam diante da necessidade de uma mãe com sua filha doente. O interesse de manter a pureza ritual impedia que ele se sensibilizasse e se solidarizasse com a mulher cananéia. Jesus silencia, não diz uma palavra sequer à mulher, apesar dos seus gritos de aflição. Diante de seu silêncio, os discípulos propõem uma saída ainda mais drástica, sugerindo a expulsão dela. Por fim, as palavras de Jesus representam o mesmo discurso que seguramente brotava da boca do setor judeu daquela comunidade: “Não fui enviado a não ser para as ovelhas perdidas de Israel. Não é conveniente tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorros.” (vv. 24.26). Para muitos judeus, estrangeiros/as não eram outra coisa que “cães” ou “porcos” (cf. Mt 7,6), provocadores de grandes calamidades para os filhos de Israel.Chama a atenção a resposta da mulher siro-fenícia. Ela podia responder com diversas argumentações ou ficar simplesmente calada como sinal de reprovação diante da discriminação que sofre. Contudo, ela utiliza os mesmos termos de Jesus para fazê-lo repensar sua posição discriminatória: “É verdade, Senhor, mas também os cachorros comem das migalhas que caem da mesa de seus donos!” (v. 27). Pela boca da siro-fenícia falam as mulheres e os representantes gentios marginalizados naquelas comunidades cristãs. A ação da mulher é um símbolo do esforço dos cristãos de origem gentílica para expulsar o “demônio da exclusão” ainda reinante naquela ocasião. Através do personagem da mulher estrangeira, os gentios reclamam aceitação na nova comunidade de fé. E a mudança de Jesus, ao passar a escutar os gritos de aflição da mulher estrangeira, tal como o Deus do êxodo (Ex 3,7-8), representa a nova atitude que as comunidades são chamadas a assumir. Quando Jesus se deixa interpelar pela excluída siro-fenícia e se abre para o diálogo com ela, sensibiliza-se com sua realidade e reconhece que o “pão” é direito de todos os filhos e filhas para além de Israel. Paradoxalmente, a enfermidade da filha da mulher estrangeira, considerada um mal e uma impureza na mentalidade predominante do judaísmo, torna-se um fator que humaniza e rompe com os opostos. Torna-se um símbolo de recuperação e de cura comunitária. Esse relato do Evangelho representava um convite à comunidade cristã para assumir uma atitude nova de reciprocidade e receptividade para além do povo judeu. A luta por uma experiência social e religiosa de integração e respeito parece ser um dos objetivos desse texto. Da mesma forma, o Evangelho nos convida hoje a uma atitude nova de diálogo, de abertura e de fraternidade humana. Jesus e a Mulher Cananéia “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres.” (Mateus 15, 21-28) É muito difícil ouvir um não, torna-se ainda mais dolorido ouvir um não, quando você tem absoluta certeza de que seu pedido é justo. Nesta história do evangelho, a mulher Cananéia ouviu um não; e o que é pior, um não carregado de argumentos.Mais duro que ouvir um “não” é ser ignorada, e isto também aconteceu com ela. Nas lutas das mulheres por conquistas no mundo do trabalho e na busca de direitos iguais na sociedade, temos percebido o quanto a palavra não é repetida e de quantas maneiras as mulheres recebem este não. Existem maneiras de reagir a um não: você pode se resignar e aceitar a resposta negativa, ou lutar por aquilo que você acredita e gritar. Eis o que a mulher Cananéia fez. Eis o seu exemplo e a sua história. A postura submissa desta mulher, o seu jeito de aproximar-se de Jesus, é somente uma parte de sua identidade. A sua petição e a sua insistência desafiam a identidade e missão de Jesus e confronta a ideologia imperialista de Israel. Ela exige que Jesus torne disponível para ela o que está disponível para Israel. Sua petição não é para ela, mas para Jesus libertar sua filha das forças que a oprimem.Jesus não responde com ajuda instantânea, mas com silêncio. Não é dado nenhum motivo, entretanto, os fatores étnicos, culturais, religiosos, econômicos e políticos, como também seu gênero, sugerem numerosas razões para Jesus ignorá-la. Num segundo momento Jesus afirma: “Não é bom tirar o pão dos filhos e dá-los aos cachorrinhos”. Mesmo depois de ter recebido uma resposta negativa, sem amedrontar-se, a mulher se ajoelha diante de Jesus e clama por socorro. Junto com a sua submissão ela pede novamente e continua, audaciosamente, desafiando uma ideologia de favoritismo. Ela reclama o seu lugar nos propósitos de Deus.Aqui se concentra a força desta história: a mulher não é intimidada pela resposta de Jesus. Ao invés, ela, com astúcia e corajosamente reformula a resposta de Jesus: “Também os cachorrinhos comem das migalhas que caem das mesas dos seus donos”. A resposta dela se move além das barreiras da divisão étnica, cultural, religiosas, de gênero e política, para as possibilidades que permanecem firmes às promessas de Deus de abençoar todas as nações da terra.A resposta engenhosa da mulher abre possibilidades para sua filha e para Jesus. Ele responde positivamente e realiza o pedido daquela mulher. Esta história nos dá uma grande lição, assim como deu uma grande lição a Jesus e seus discípulos. Não podemos nos enclausurar dentro de nossos conceitos e preconceitos, sem perceber a realidade ao nosso redor. É preciso parar e ouvir o que as mulheres, as mães, as pessoas, estão pedindo; mesmo que pareça incoerente, mesmo que incomode, mesmo que seja preciso mudar as regras…O Dia Internacional da Mulher é um dia especial de lembrar a luta de tantas mulheres que, ao ouvirem um não, persistiram e lutaram para conquistar o que queriam. Homilias Dominicais Ano A Homilias – ANO C Dominicais Ano B Evangelhos dos Anos A Homilias Animadas Ano C Viagens 2019 Liturgias Liturgia Diária Ano A O Padre Lucas O Padre Lucas Curriculum Vitae Mensagens Animadas O que é Peregrinação? Livros Cds de Música Peças Teatrais Artigos Vídeos Galeria de Fotos Contato teste ” MULHER, GRANDE É A TUA FÉ ” – (Mateus 15, 21-28) O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM ” MULHER, GRANDE É A TUA FÉ ”. “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres.” (Mateus 15, 21-28) Saindo daquele lugar, Jesus retirou-se para a região de Tiro e de Sidom.22Uma mulher cananeia, natural dali, veio a ele, gritando: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Minha filha está endemoninhada e está sofrendo muito”.23Mas Jesus não lhe respondeu palavra. Então seus discípulos se aproximaram dele e pediram: “Manda-a embora, pois vem gritando atrás de nós”.24Ele respondeu: “Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel”.25A mulher veio, adorou-o de joelhos e disse: “Senhor, ajuda-me!” 26Ele respondeu: “Não é certo tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. 27Disse ela, porém: “Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”. 28Jesus respondeu: “Mulher, grande é a sua fé! Seja conforme você deseja”. E, naquele mesmo instante, a sua filha foi curada.A Fenícia dos tempos de Jesus corresponde praticamente ao Líbano de hoje, marcado, entre outras, pelas cidades portuárias de Sur e Saída, que correspondem às antigas cidades de Tiro e Sídon. Era região de grande prosperidade, e lá habitavam os cananeus. Jesus andou também por lá, como se deduz de uma passagem de Mateus com paralelo em Marcos (Mt 15,21 e Mc 7,24). E, por isso mesmo os libaneses se comprazem em dizer que seu país faz parte da Terra Santa. Bem-aventurados os caminhos um dia percorridos pelos passos do Senhor!Justamente nessa terra aconteceu o episódio que a Igreja faz ler na liturgia da Palavra desta quarta-feira do XVIII Semana do Tempo Comum. É uma página muito viva, que parece, até, traduzir em termos bem rudes para nossos ouvidos ocidentais o que Jesus falou. Que, porém, se ilumina no fim com a grandeza da misericórdia e do poder taumatúrgico do Divino Mestre.O Evangelho conta que, estando Jesus numa casa, foi à sua procura uma mulher Cananéia, para pedir a cura de sua filha, uma menina que estava – segundo ela – sob o poder do demônio.E ela o pedia em gritos tão insistentes e angustiosos, que chegaram a impacientar os apóstolos, os quais pediram a Jesus que a atendesse logo, para que ela os deixasse em paz. O que a mulher pedia em gritos tão insistentes já denotava confusamente alguma fé: “Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! A minha filha está horrivelmente endemoninhada” (Mt 15,22).Jesus começou, recusando. Sua missão pessoal- embora a Igreja se devesse depois estender a todo o mundo – se restringia ao povo de Israel. Ela, porém, insistia: “Senhor, socorre-me!” (Ibid.,v25).Mas Jesus replicou: “Não fica bem tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorrinhos” (Ibid., v 26). A redação de Marcos é mais amenizada: “Deixa que primeiro os filhos se saciem; pois não é bom tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorrinhos” (Mc 7,27). Era uma aparentemente dura pedagogia, que visava, no entanto, fazer desabrocharem plenitude a fé que já se manifestava naquela pobre mulher.Ai veio a resposta da mulher, marcada por uma comovedora humildade, e por uma confiança que se poderia dizer audaciosa: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos comem debaixo da mesa a migalhas das crianças (Ibid., v 28). Foi quando a misericórdia e o poder de Jesus como que explodiram numa solene palavra de aprovação e de bênção: “mulher grande é a tua fé! Seja feito como queres” (Mt 15,28).E assim foi. Ela voltou para casa e encontrou a criança atirada tranquilamente sobre o leito. E seu nome, através das páginas do Evangelho, começou a percorrer o mundo, como um dos mais belos exemplos de fé inabalável.Diante desse fato, não é possível não lembrar o exemplo de Abraão. Deus lhe prometera que seria pai de uma imensa posteridade, mais numerosa do que as estrelas do céu e do que as areias das praias do mar. E, no entanto, um dia, inexplicavelmente, mandou que ele sacrificasse seu filho Isaac, no alto do Monte Moriá. E Abraão não duvidou em acolher a ordem de Deus. “Acreditou contra toda a esperança”, diz a carta aos romanos (Rm 4,18). Deus lhe deteve o braço na hora de consumar a imolação de seu herdeiro, e ele se tornou o pai de gerações sem conta.O segredo de nossa felicidade está em jamais duvidar da sabedoria e da bondade de Deus. Ainda que às vezes os caminhos se nos apresentem muito obscuros. Temos sempre que repetir aquela palavra que a sabedoria popular repete a cada momento: Deus sabe o que faz. Essa foi a atitude da mulher cananéia, diante da palavra aparentemente negativa de Jesus. Ela também acreditou contra toda a esperança. E assim devemos crer também.“Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres.” (Mateus 15, 21-28)Mateus 15,21-28: O encontro de Jesus com a mulher siro-fenícia A situação retratada no texto de Mt 15,21-28 parece ser uma realidade de conflito nas comunidades daquele tempo, provocada por atitudes discriminatórias de judeus para com estrangeiros e para com mulheres. O relato fala do encontro de Jesus com uma mulher estrangeira.Naquela época, os estrangeiros significavam algo detestável no pensamento dominante em Israel. Apesar de as tradições ancestrais mostrarem a necessidade de oferecer proteção aos estrangeiros, o judaísmo hegemônico no pós-exílio os considerava impuros, bem como uma ameaça por serem desconhecedores da lei e perturbadores da tranquilidade de Israel. Reprovava seus costumes, suas tradições e seus ritos. Em Mt 15,21-28, Jesus rompe fronteiras e se aproxima do território de Tiro. A situação era muito tensa, pois Jesus se encontra junto a terras estranhas e, ali, o seu primeiro encontro é com uma cananéia, considerada duplamente impura por ser mulher e por ser estrangeira.O texto põe em evidência duas posições discordantes nas comunidades cristãs daqueles anos. Uma delas provém do mundo judeu e olha para as mulheres e os estrangeiros com atitude suspeita. A outra conduta é de quem procedia do mundo greco-romano e que tem uma visão mais aberta, com influência de mulheres e de estrangeiros, sendo-lhes mais favorável. É interessante que, na narrativa, Jesus aparece como homem judeu, representante do discurso e da mentalidade dominante de seu povo, dirigindo-se à terra da mulher siro-fenícia, terra de impuros para o pensamento preponderante no judaísmo. Segundo Mc 7,24, Jesus quer ocultar-se, manter-se fora do alcance das pessoas daquele lugar, talvez para manter sua pureza ritual. Mas, ele não consegue permanecer oculto, pois logo vem ao seu encontro uma mulher estrangeira, duplamente condenada pela mentalidade que ele representa. A primeira atitude de Jesus é a conduta e a mentalidade excludente de judeus que não atendem e não se sensibilizam diante da necessidade de uma mãe com sua filha doente. O interesse de manter a pureza ritual impedia que ele se sensibilizasse e se solidarizasse com a mulher cananéia. Jesus silencia, não diz uma palavra sequer à mulher, apesar dos seus gritos de aflição. Diante de seu silêncio, os discípulos propõem uma saída ainda mais drástica, sugerindo a expulsão dela. Por fim, as palavras de Jesus representam o mesmo discurso que seguramente brotava da boca do setor judeu daquela comunidade: “Não fui enviado a não ser para as ovelhas perdidas de Israel. Não é conveniente tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorros.” (vv. 24.26). Para muitos judeus, estrangeiros/as não eram outra coisa que “cães” ou “porcos” (cf. Mt 7,6), provocadores de grandes calamidades para os filhos de Israel.Chama a atenção a resposta da mulher siro-fenícia. Ela podia responder com diversas argumentações ou ficar simplesmente calada como sinal de reprovação diante da discriminação que sofre. Contudo, ela utiliza os mesmos termos de Jesus para fazê-lo repensar sua posição discriminatória: “É verdade, Senhor, mas também os cachorros comem das migalhas que caem da mesa de seus donos!” (v. 27). Pela boca da siro-fenícia falam as mulheres e os representantes gentios marginalizados naquelas comunidades cristãs. A ação da mulher é um símbolo do esforço dos cristãos de origem gentílica para expulsar o “demônio da exclusão” ainda reinante naquela ocasião. Através do personagem da mulher estrangeira, os gentios reclamam aceitação na nova comunidade de fé. E a mudança de Jesus, ao passar a escutar os gritos de aflição da mulher estrangeira, tal como o Deus do êxodo (Ex 3,7-8), representa a nova atitude que as comunidades são chamadas a assumir. Quando Jesus se deixa interpelar pela excluída siro-fenícia e se abre para o diálogo com ela, sensibiliza-se com sua realidade e reconhece que o “pão” é direito de todos os filhos e filhas para além de Israel. Paradoxalmente, a enfermidade da filha da mulher estrangeira, considerada um mal e uma impureza na mentalidade predominante do judaísmo, torna-se um fator que humaniza e rompe com os opostos. Torna-se um símbolo de recuperação e de cura comunitária. Esse relato do Evangelho representava um convite à comunidade cristã para assumir uma atitude nova de reciprocidade e receptividade para além do povo judeu. A luta por uma experiência social e religiosa de integração e respeito parece ser um dos objetivos desse texto. Da mesma forma, o Evangelho nos convida hoje a uma atitude nova de diálogo, de abertura e de fraternidade humana. Jesus e a Mulher Cananéia “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres.” (Mateus 15, 21-28) É muito difícil ouvir um não, torna-se ainda mais dolorido ouvir um não, quando você tem absoluta certeza de que seu pedido é justo. Nesta história do evangelho, a mulher Cananéia ouviu um não; e o que é pior, um não carregado de argumentos.Mais duro que ouvir um “não” é ser ignorada, e isto também aconteceu com ela. Nas lutas das mulheres por conquistas no mundo do trabalho e na busca de direitos iguais na sociedade, temos percebido o quanto a palavra não é repetida e de quantas maneiras as mulheres recebem este não. Existem maneiras de reagir a um não: você pode se resignar e aceitar a resposta negativa, ou lutar por aquilo que você acredita e gritar. Eis o que a mulher Cananéia fez. Eis o seu exemplo e a sua história. A postura submissa desta mulher, o seu jeito de aproximar-se de Jesus, é somente uma parte de sua identidade. A sua petição e a sua insistência desafiam a identidade e missão de Jesus e confronta a ideologia imperialista de Israel. Ela exige que Jesus torne disponível para ela o que está disponível para Israel. Sua petição não é para ela, mas para Jesus libertar sua filha das forças que a oprimem.Jesus não responde com ajuda instantânea, mas com silêncio. Não é dado nenhum motivo, entretanto, os fatores étnicos, culturais, religiosos, econômicos e políticos, como também seu gênero, sugerem numerosas razões para Jesus ignorá-la. Num segundo momento Jesus afirma: “Não é bom tirar o pão dos filhos e dá-los aos cachorrinhos”. Mesmo depois de ter recebido uma resposta negativa, sem amedrontar-se, a mulher se ajoelha diante de Jesus e clama por socorro. Junto com a sua submissão ela pede novamente e continua, audaciosamente, desafiando uma ideologia de favoritismo. Ela reclama o seu lugar nos propósitos de Deus.Aqui se concentra a força desta história: a mulher não é intimidada pela resposta de Jesus. Ao invés, ela, com astúcia e corajosamente reformula a resposta de Jesus: “Também os cachorrinhos comem das migalhas que caem das mesas dos seus donos”. A resposta dela se move além das barreiras da divisão étnica, cultural, religiosas, de gênero e política, para as possibilidades que permanecem firmes às promessas de Deus de abençoar todas as nações da terra.A resposta engenhosa da mulher abre possibilidades para sua filha e para Jesus. Ele responde positivamente e realiza o pedido daquela mulher. Esta história nos dá uma grande lição, assim como deu uma grande lição a Jesus e seus discípulos. Não podemos nos enclausurar dentro de nossos conceitos e preconceitos, sem perceber a realidade ao nosso redor. É preciso parar e ouvir o que as mulheres, as mães, as pessoas, estão pedindo; mesmo que pareça incoerente, mesmo que incomode, mesmo que seja preciso mudar as regras…O Dia Internacional da Mulher é um dia especial de lembrar a luta de tantas mulheres que, ao ouvirem um não, persistiram e lutaram para conquistar o que queriam. Pe. Lucas – Não faltou pão para ninguém – Mateus 14, 13-21 O AMANHECER DO EVANGELHO REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM XVIII QUARTA-FEIRA DO TEMPO COMUM NÃO FALTOU PÃO PARA NINGUÉM1) Oração Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os vosso filhos que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Mateus 14, 13-21) Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus – 13A essa notícia, Jesus partiu dali numa barca para se retirar a um lugar deserto, mas o povo soube e a multidão das cidades o seguiu a pé. 14Quando desembarcou, vendo Jesus essa numerosa multidão, moveu-se de compaixão para ela e curou seus doentes. 15Caía a tarde. Agrupados em volta dele, os discípulos disseram-lhe: Este lugar é deserto e a hora é avançada. Despede esta gente para que vá comprar víveres na aldeia.16Jesus, porém, respondeu: Não é necessário: dai-lhe vós mesmos de comer. 17Mas, disseram eles, nós não temos aqui mais que cinco pães e dois peixes. 18Trazei-mos, disse-lhes ele. 19Mandou, então, a multidão assentar-se na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, elevando os olhos ao céu, abençoou-os. Partindo em seguida os pães, deu-os aos seus discípulos, que os distribuíram ao povo. 20Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos cheios. 21Ora, os convivas foram aproximadamente cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças. – Palavra da salvação.3) Reflexão: E NÃO FALTOU PÃO PARA NINGUÉM Como no deserto Deus não deixou faltar comida para o povo israelita e Ihes mandou prodigiosamente o maná e as codornizes, assim saciou de pães e de peixes a multidão que o seguira nas imediações do lago de Tiberíades.Como também não deixará faltar até ao fim do mundo o Pão da Eucaristia para os que nele crerem. E um prazer ir descobrindo na leitura das Sagradas Escrituras como esses acontecimentos que se desenrolam no tempo estão ligados nos planos da eternidade.E não estranhamos ao descobrir ressonâncias da liturgia eucarística na narração do milagre da multiplicação dos pães. Sobretudo na redação de São Marcos: “Tomando os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos ao céu, abençoou, partiu os pães e deu-os aos discípulos para que lhos distribuíssem”. (Mc 6, 41 ).E os pães e os peixes foram sendo distribuídos fartamente, como água que fosse jorrando de uma fonte sem parar. Não foi preciso comprar duzentos denários de pão, como surgira na preocupação de Felipe. Entrou a gratuidade de Deus e sua infinita liberalidade, operando pelas mãos de Jesus.E todos se fartaram. E sobraram ainda doze cestos. Era o número dos apóstolos e era o símbolo da universalidade dos bens de Deus. Até ao fim do mundo não irá faltar o pão para o corpo, nem o pão para o espír1to: a palavra de Deus e a eucaristia, que aquela multiplicação de pães prefigurava.Como os Santos Padres já observavam, o milagre que Jesus faz é um pequeno milagre instantâneo, se comparado com o milagre continuado pelo qual Deus faz crescer as searas em toda a superfície da terra, ao longo dos anos e dos séculos, para que chegue o pão às mãos de todos os homens.O gesto de Jesus é lição para a Igreja, é lição para os cristãos. Não que devamos repetir o milagre. Ainda que mesmo isso Deus tenha concedido a alguns de seus servos, como Eliseu no Antigo Testamento (cfr 2Rs 4, 42-44).O que temos que aprender é cultivar o ritmo do trabalho honesto pelo qual a terra produzirá. Com fartura, e os bens da terra serão distribuídos. Com justiça, de modo que nem falte o pão a quem tem fome, nem sobre para quem não tem fome.Penso que essa mensagem está implícita nesta página do Evangelho. Não é apenas um convite a adorar o poder taumatúrgico de Jesus e sua misericórdia que se compadeceu daquela gente humilde. Nem é só a lição de que a Providência de Deus premia os que Vão em busca da Palavra de Deus.Eles sabem que não só de pão vive o homem; mas Deus sabe que os homens precisam também de pão; e têm o direito de rezar não só para que o nome de Deus seja santificado, para que seu reino venha e sua vontade seja feita na terra e no céu; mas têm também o direito de pedir o pão de cada dia. Jesus os ensinou tudo isso, quando ensinou seus discípulos a rezar.A lição evangélica aponta, porém, certamente para nossa responsabilidade em face da distribuição dos bens da terra. Deus criou o homem e o pôs na terra para que a governasse. Não para que a subjugasse despoticamente. Destinou a terra para todos, e não é justo que apenas um pequeno grupo se aposse dela, fazendo faltar terra para os que precisam e podem trabalhar.“Sejam quais forem as formas de propriedade, adaptadas às legítimas instituições dos povos, segundo circunstâncias diversas e mutáveis, deve-se atender sempre a esta destinação universal dos bens” (G S 69/430). Isso é 0 que ensinou o Concílio Vaticano lI.Como ensinou o dever de uma justa distribuição das terras, o dever da honestidade nos negócios, a harmonia entre o capital e o trabalho, a dignidade do homem, que jamais deve ser sacrificada aos valores econômicos.Se a luz do Evangelho iluminar o caminho dos homens, a terra será sempre a grande mãe fecunda de bens para todos os seus filhos. Não haverá desperdício nem miséria. E, onde houver necessitados, não faltará quem os socorra. E aquela multidão alimentada pelo pão do milagre de Jesus estará presente e multiplicada em toda a terra, alimentada pelo milagre do trabalho honesto, da justiça respeitada, da caridade solícita e da fé em Deus sempre presente. Depois Final Acompanhai, ó Deus, com proteção constante os que renovastes com o pão do céu e, como não cessais de alimentá-los, tornai-os dignos da salvação eterna. Por Cristo, nosso Senhor. LEITURAS DO XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A: 1a) Is 55,1-3 2a) Rom 8,35.37-39 3a) Mt 14,13-21
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04/08/2022    
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Mateus 16,13-23: A Comunidade de Fé: Pedra de Apoio ou Pedra de Tropeço? - https://www.youtube.com/watch?v=A9qYyuT9JP0&t=175s A Bíblia explicada em Capítulos e versículos O Amanhecer do [...]
05 ago
05/08/2022    
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 Mateus 16, 24-28 - Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me - O AMANHECER DO EVANGELHO - REFLEXÕES [...]
06 ago
06/08/2022    
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(Marcos 9, 2-10)- Lc 9,28b-36 – Pe. Lucas Festa da Transfiguração do Senhor – https://www.youtube.com/watch?v=WahrODHat9k, REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM Festa da Transfiguração do Senhor 1) Oração Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Marcos 9, 2-10) Naquele tempo, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as pode fazer assim tão brancas. Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. Pedro tomou a palavra: Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias. Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados. Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o. E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles. Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido dos mortos. E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: Ser ressuscitado dentre os mortos.3) Reflexão Mc 9,1-10 * O evangelho de hoje traz dois assuntos ligados entre si: a Transfiguração de Jesus e a questão do retorno do profeta Elias. Naquele tempo, o povo esperava pelo retorno do profeta Elias. Hoje, muita gente vive esperando pelo retorno de Jesus e escreve nos muros da cidade: Jesus voltará! Eles não se dão conta de que Jesus já voltou e já está presente no coração da nossa vida. De vez em quando, como num relâmpago repentino, esta presença de Jesus irrompe e se ilumina, transfigurando nossa vida.* A Transfiguração de Jesus acontece depois do primeiro anúncio da Morte de Jesus (Mc 8,27-30). Este anúncio tinha transtornado a cabeça dos discípulos, sobretudo de Pedro (Mc 8,31-33). Eles tinham os pés no meio dos pobres, mas a cabeça estava perdida na ideologia do governo e da religião da época (Mc 8,15). A cruz era um impedimento para crer em Jesus. A transfiguração de Jesus vai ajudar os discípulos a superar o trauma da Cruz.* Nos anos 70, quando Marcos escreve, a Cruz continuava sendo um grande impedimento para os judeus aceitarem Jesus como Messias. “A cruz é um escândalo!”, assim diziam (1Cor 1,23). Um dos maiores esforços dos primeiros cristãos consistia em ajudar as pessoas a perceber que a cruz não era escândalo nem loucura, mas sim expressão do poder e da sabedoria de Deus (1Cor 1,22-31). Marcos dá a sua contribuição neste esforço. Ele usa textos e figuras do Antigo Testamento para descrever a Transfiguração. Assim ele mostra que Jesus veio realizar as profecias e que a Cruz era o caminho para a Glória.* Marcos 9,2-4: Jesus muda de aspecto. Jesus sobe a uma montanha alta. Lucas acrescenta que ele subiu para rezar (Lc 9,28). Lá em cima, Jesus aparece na glória diante de Pedro, Tiago e João. Junto com ele aparecem Moisés e Elias. A Montanha alta evoca o Monte Sinai, onde, no passado, Deus tinha manifestado sua vontade ao povo, entregando a lei. As vestes brancas lembram Moisés que ficava fulgurante quando conversava com Deus na Montanha e dele recebia a lei (cf. Ex 34,29-35). Elias e Moisés, as duas maiores autoridades do Antigo Testamento, conversam com Jesus. Moisés representa a Lei, Elias, a profecia. Lucas informa que a conversa foi sobre “o êxodo de Jesus”, isto é, a Morte de Jesus em Jerusalém (Lc 9,31). Assim fica claro que, o Antigo Testamento, tanto a Lei como a profecia, já ensinava que, para o Messias Servidor, o caminho da glória tinha de passar pela cruz.* Marcos 9,5-6: Pedro gostou, mas não entendeu. Pedro gostou e quis segurar o momento agradável na Montanha. Ele se oferece para construir três tendas. Marcos diz que Pedro estava com medo, sem saber o que estava dizendo, e Lucas acrescenta que os discípulos estavam com sono (Lc 9,32). Eles são como nós: têm dificuldade para entender a Cruz!* Marcos 9,7-9: A voz do céu esclarece os fatos. Enquanto Jesus é envolvido pela glória, uma voz do céu diz: “Este é o meu Filho amado! Ouvi-o!”. A expressão “Filho amado” lembra a figura do Messias Servidor, anunciado pelo profeta Isaías (cf. Is 42,1). A expressão “Ouvi-o!” lembra a profecia que prometia a chegada de um novo Moisés (cf. Dt 18,15). Em Jesus, as profecias do Antigo Testamento estão se realizando. Os discípulos já não podem duvidar. Jesus é realmente o Messias glorioso que eles desejam, mas o caminho para a glória passa pela cruz, conforme tinha sido anunciado na profecia do Servo (Is 53,3-9). A glória da Transfiguração o comprova. Moisés e Elias o confirmam. O Pai o garante. Jesus o aceita. No fim, Marcos diz que, depois da visão, os discípulos vêem só Jesus e ninguém mais. Daqui para a frente, Jesus é a única revelação de Deus para nós! Jesus, e só ele, é a chave para a gente entender todo o Antigo Testamento.* Marcos 9, 9-10: Saber guardar o silêncio. Jesus pedia aos discípulos para não dizerem nada a ninguém até que ele tivesse ressuscitado dos mortos, mas os discípulos não o entenderam. De fato, não entende o significado da Cruz quem não liga o sofrimento com a ressurreição. A Cruz de Jesus é a prova de que a vida é mais forte que a morte.4) Para um confronto pessoal 1. A sua fé em Jesus já proporcionou a você algum momento de transfiguração e de alegria intensa? Como estes momentos de alegria dão força na hora das dificuldades? 2. Como transfigurar, hoje, tanto a vida pessoal e familiar, como a vida comunitária?5) Oração final As palavras do Senhor são palavras sinceras, puras como a prata acrisolada, isenta de ganga, sete vezes depurada. (Sal 11, 7)
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Padre, escritor de mais de 77 livros, compositor e guia espiritual em pereguinações, quem é o Padre Lucas?

Homilias, Liturgias e Evangelhos

O meu serviço de padre até 2001 foi na direção espiritual e nacional da SSVP (Sociedade São Vicente de Paulo), professor de Filosofia das Religiões, na Puc de Minas Gerais e no …Seminário São Vicente de Paulo como professor em Liturgia e Música.

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